Tratamento utiliza o DNA de três pessoas para evitar possíveis doenças genéticas na criança
O objetivo, argumentam os cientistas, é evitar que doenças relacionadas ao mau funcionamento da mitocôndria se desenvolvam. Antes de entrar em vigor, o projeto precisa ser aprovado pelo Parlamento. A expectativa é que a tramitação burocrática leve dois anos. Caso adote a medida, o Reino Unido será o primeiro país na história a utilizar a prática.
Reprodução Twitter @ibitimes
Porta voz do governo, Sally Davies, defende que projeto possa garantir um futuro saudável a milhares de crianças
Os cientistas chamam o projeto de “transferência de mitocôndria”, que consiste em uma modificação genética do embrião, incorporarando o material genético de uma terceira pessoa, que não tem nenhum problema genético relacionado à mitocôndria. A ação impede que a criança, que naturalmente desenvolveria problemas dos pais biológicos, não sofra com nenhuma doença.
As mitocôndrias são organismos responsáveis por gerar energia para a atividade celular, que garante o bom funcionamento dos órgãos humanos. Falhas da mitocôndria - que também cumpre papel na respiração celular – podem comprometer especialmente coração, cérebro e tecido muscular.
Em entrevista coletiva, a porta voz do governo, Sally Davies, defendeu que o projeto seja aprovado o mais rápido possível, pois pode garantir um futuro saudável a milhares de bebês. “Problemas relacionados ao mau desenvolvimento da mitocôndria têm um impacto devastador nas famílias, pois há pessoas que vivem com doenças passadas de pais para filhos há muito tempo”, argumenta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário