terça-feira, 29 de novembro de 2011

FAMÍLIA QUE ROUBA UNIDA VAI EM CANA UNIDA II

Vereadores aprovam afastamento temporário de prefeito de Limeira
Comissão investigará se Silvio Félix atuou em esquema de lavagem
MARÍLIA ROCHA - FSP
A Câmara Municipal de Limeira (SP) aprovou a instalação de uma comissão processante para investigar o prefeito Silvio Félix (PDT) e o afastamento dele durante apuração de sua suposta participação em esquema de lavagem de dinheiro investigado pelo Ministério Público.
Para que o vice, Orlando Zovico, assuma, a decisão precisa ser publicada no "Diário Oficial" do município.
Só um dos 14 vereadores estava ausente na sessão. Todos os presentes votaram a favor do afastamento e pela comissão, que pode culminar com a cassação do prefeito.
Na quinta, a mulher dele, Constância Silva, e outras 11 pessoas tiveram prisão temporária decretada numa operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) de Piracicaba (SP).
O grupo é suspeito de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, sonegação fiscal e furto qualificado.
Segundo os promotores, o patrimônio dos envolvidos, incluindo dois filhos do prefeito, atinge R$ 21 milhões e é muito superior aos rendimentos declarados.
As investigações não apontam a participação do prefeito no suposto esquema nem desvio de dinheiro público.
Mas o requerimento apresentado à Câmara por representantes de PSB, PT, PMDB, DEM, PSDB, PR e PV defende que a comissão apure se o pedetista sabia das irregularidades ou se cometeu infrações político-administrativas.
FAMÍLIA
Em entrevista após as prisões, o prefeito declarou que acredita na inocência da mulher e que os bens da família são regulares e condizentes com os ganhos declarados no Imposto de Renda.
Na tarde de ontem, os promotores fizeram questionamentos à primeira-dama e aos dois filhos dela, mas todos ficaram em silêncio.
O prazo das prisões temporárias se encerrou à 0h de hoje. Segundo a assessoria de imprensa do Ministério Público, os promotores não pretendem pedir a prorrogação.
Uma liminar de habeas corpus para Constância não foi concedida pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça), segundo a assessoria de imprensa do tribunal, por falta de documentos no pedido.
Para o advogado de defesa, Rui Fragoso, a prisão da primeira-dama não era "cabível". "Ela nunca foi intimada para depor nem evitou atos de intimação."

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