terça-feira, 29 de novembro de 2011

AMERICAN AIRLINES É MAIS UMA VÍTIMA DA CRISE MUNDIAL

American Airlines pede concordata em NY

Segundo a empresa, há caixa de US$ 4,1 bilhões para manter as operações durante o procedimento
Álvaro Campos - Agência Estado
NOVA YORK - A holding AMR e sua subsidiária American Airlines entrara nesta terça-feira, 29, com pedido de concordata em um tribunal de Nova York, após anos tentando lidar com seus altos custos trabalhistas. O processo deve permitir que a companhia aérea continue com suas operações normalmente, enquanto reestrutura sua dívida. Por volta das 10h15 (de Brasília), as ações da companhia despencavam 60% no pré-mercado, a US$ 0,64.
A companhia também nomeou Thomas Horton como chairman e executivo-chefe, no lugar de Gerard Arpey, que vai se aposentar. "Essa foi uma decisão difícil, mas é o caminho certo e necessário que nós temos de adotar - e adotar agora - para nos tornarmos uma companhia aérea mais eficiente, financeiramente forte e competitiva", disse Horton.
A AMR é a última entre as grandes aéreas norte-americanas a recorrer ao Capítulo 11 da Lei da Falências, nota o New York Times. "Nossa significativa desvantagem de custo em comparação com nossos concorrentes, que reestruturaram os seus custos e dívidas através de Capítulo 11, tornou-se cada vez mais insustentável, dado o impacto da incerteza econômica global, da instabilidade das receitas e dos preços voláteis dos combustíveis", completou Horton.
A AMR tem cerca de US$ 4,1 bilhões em dinheiro sem restrições e investimentos de curto prazo,o que deve ser suficiente para pagar fornecedores e outros parceiros durante a proteção oferecida pelo Capítulo 11 da Lei de Falências dos EUA. A companhia acredita que não deve precisar de financiamentos "debtor in possession" (DIP).
A AMR, junto com suas subsidiárias, atua em 260 aeroportos espalhados por mais de 50 países, com uma média de 3.300 voos diários.
No mês passado, a AMR revelou que teve prejuízo no terceiro trimestre. Os resultados da companhia foram afetados novamente pelos aumentos nos custos dos combustíveis, que subiram 40% na comparação com o mesmo período do ano passado. As informações são da Dow Jones.

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