segunda-feira, 25 de junho de 2012

JOÃO BOSCO LEAL

A incapacidade do governo Dilma

Ao ler: "Os humanos serão sempre imperfeitos e jamais serão totalmente racionais, o que é precisamente a razão pela qual não devemos confiar em nenhum humano para comandar a vida dos outros", escrito por Steven G. Horwitz, mestre e doutor em economia, autor de diversos livros sobre a matéria e professor da St. Lawrence University, em Canton, NY, logo pensei em tudo o vem sendo divulgados nos últimos dias.
O atual governo brasileiro tem assumido compromissos diante de outros países que só poderiam ser realizados por aqueles que tivessem uma economia extremamente pujante, com muita sobra de caixa e com sua população sem necessidade alguma investimentos nas áreas de sua responsabilidade.
Como certamente esse não é o caso do Brasil, fiquei perplexo com declarações atribuídas a nossa presidente, de que o país está 300% seguro contra a crise econômica mundial. Desculpe senhora presidente, mas sua declaração é tão estúpida, que chego a duvidar de que tenha sido pronunciada por quem diz possuir vasto conhecimento das atividades econômicas do país.
Economia não existe sem matemática e esta, apesar de ser mundialmente entendida quando numericamente transcrita, necessita de uma língua - no nosso caso o português -, para ter resultados divulgados de modo a ser compreendida pela população.
Entretanto, mesmo quando explicada em português, nenhum brasileiro consegue entender como podemos emprestar US$ 10 bi ao FMI para ajudar na crise dos países europeus, quando seu governo alega não possuir recursos suficientes para investir na saúde, de modo que ele seja dignamente atendido quando necessita de amparo hospitalar. As imagens frequentemente divulgadas de pessoas morrendo em filas, por não conseguirem atendimento médico, e os protestos dos que nelas buscam socorro não lhe diz nada?
A população estudantil brasileira que, meio século atrás, em sua quase totalidade estudava em escolas públicas, tinha uma formação exemplar. Depois disso os governos deixaram de investir em educação e milhares de escolas particulares foram criadas, fazendo com que os pais tivessem de pagar pela melhor educação de seus filhos.
Mesmo com esse sacrifício econômico dos pais, atualmente esses alunos não possuem o direito de concorrer a todas as vagas do ensino universitário público, pois grande parte delas está destinada a alunos que, por conta do péssimo ensino gratuito oferecido pelo governo em suas escolas, não conseguem ser aprovados no vestibular, e outras vagas são destinadas às quotas raciais agora existentes.
A população brasileira está falando em outra língua, e se referindo a algo tão difícil de ser entendido pela senhora e seus ministros, ou a senhora é que está tão preocupada em impor uma nova língua - onde possa ser chamada de Presidenta ao invés de Presidente-, que não tem tempo de pensar em saúde e educação pública?
Seu partido político reclama de perseguição durante os governos militares, mas depois de uma década governando não foi capaz de realizar uma única obra realmente significativa paras o país, que proporcionasse o bem coletivo, como as grandes usinas hidrelétricas, a enorme malha rodoviária construída em todo o país, as escolas, universidades, hospitais e tantas outras obras de infraestrutura realizadas por eles.
Seus próprios ministros admitem que o país não pode crescer 5% ao ano por não possuir infraestrutura necessária, como energia elétrica, ferrovias, rodovias, portos e aeroportos para aumentar e escoar sua produção.
E mesmo sem fazer nada disso temos dinheiro para emprestar aos outros? A senhora é Presidente da República do Brasil ou está governando só para os "companheiros" e para os que possuem votos no Conselho de Segurança da ONU, onde Lula sonha em ter um cargo?
Presidente Dilma, antes de poder nos mostrar para o mundo como um país rico, os brasileiros precisam de saúde, educação, segurança, transporte e moradias dignas, o que seu governo se mostra incapaz de fazer.
João Bosco Leal  http://www.joaoboscoleal.com.br/
*Jornalista, escritor e produtor rural

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