MEC volta atrás e não vai recorrer das questões anuladas do Enem
Com a decisão, passam a valer apenas 167 questões do Enem 2011
Rui Nogueira Rafael Moraes Moura - O Estado de S. Paulo
BRASÍLIA - O governo federal decidiu, na manhã desta terça-feira, que não vai recorrer da decisão da Justiça Federal do Ceará, que determinou a anulação de 13 questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Essas 13 questões, segundo investigação da Polícia Federal (PF), vazaram para alunos do colégio Christus, de Fortaleza, Ceará, em outubro do ano passado, após a aplicação do pré-teste.
A nova orientação é seguir a determinação da Justiça e evitar uma nova batalha judicial, como a ocorrida no ano passado, quando o exame chegou a ser suspenso.
Com a decisão, passam a valer 167 questões da última edição do Enem.
A Justiça Federal do Ceará decidiu na noite de ontem (31) anular 13 questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), idênticas a perguntas em apostilas distribuídas, poucos dias antes da avaliação, para alunos do Colégio Christus, de Fortaleza.
Foram anuladas, na prova amarela, as questões 32, 33, 34, 46, 50, 57, 74 e 87 (sábado) e 113, 141, 154, 173 e 180 (domingo).
As perguntas vazaram da fase de pré-testes do exame, aplicados em outubro de 2010 no Christus e em outros colégios do Brasil. Segundo o MEC, todas as questões do Enem são previamente testadas em diferentes grupos de alunos, para calibrar a dificuldade da prova, que deve ser sempre a mesma.
O MEC informara na manhã desta terça-feira que iria recorrer da decisão da Justiça Federal do Ceará que decidiu anular, para todo o Brasil, 13 questões do Exame Nacional do Ensino Médio 2011 (Enem). Segundo o MEC, a decisão é "desproporcional e arbitrária" e vai recorrer no Tribunal de Recife ainda esta semana.
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