Farc matam quatro reféns após descobrir tentativa de resgate
Preso mais antigo da guerrilha colombiana está entre os mortos
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Membros das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) fuzilaram ontem quatro de seus reféns após descobrir um plano do governo para resgatá-los.
Entre os militares assassinados, está o cabo do Exército, José Libio Martínez, o refém mais antigo do grupo, sequestrado há 14 anos.
Morreram também os policiais Edgar Yesid Duarte, Elkin Hernández Rivas e Álvaro Moreno.
Horas depois de confirmar as mortes, o governo colombiano anunciou ter encontrado com vida outro refém, o policial Luis Alberto Erazo -na mesma região de selva no Departamento (Estado) de Caquetá, ao sul.
Erazo fugiu pela mata após ouvir os disparos que mataram os outros quatro reféns. Ainda foi perseguido por guerrilheiros, mas conseguiu escapar e foi resgatado por militares.
HERÓIS
O presidente Juan Manuel Santos disse, em pronunciamento, que as Farc são os "únicos responsáveis" pela ação "mais cruel" do grupo recentemente. Segundo Santos, três dos reféns foram mortos com tiros na cabeça, e o outro, com dois disparos no peito.
"Esses heróis da pátria, que sacrificaram sua vida para dar tranquilidade ao resto dos colombianos foram torturados por mais de dez anos e terminaram sendo assassinados de forma vil", disse.
A morte do cabo do Exército José Libio Martínez comoveu os colombianos por ser o refém há mais tempo em poder das Farc, mas também pela história que envolveu seu sequestro.
Martínez foi raptado em 21 de dezembro de 1997, em um sangrento confronto na base militar de Patascoy, no departamento de Nariño (sudoeste). Seu filho, Johan Steven, 13, nasceu poucos meses depois do sequestro, e se tornou símbolo da luta pela libertação do pai.
Duarte e Rivas foram sequestrados em outubro de 1998 e Moreno, em dezembro do ano seguinte.
Esse foi o incidente mais violento desde o assassinato do líder das Farc, Alfonso Cano, no início do mês.
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