Hospital público não tem remédio para câncer
Doentes dizem que são prejudicados em Heliópolis; unidade afirma que não parou tratamentos
DO "AGORA"
No Hospital Heliópolis (zona sul), referência no tratamento ao câncer, faltam medicamentos para quimioterapia há mais de um mês. Segundo pacientes e funcionários, os remédios em falta são xeloda, temodal, erlotinibe, sunitinibe, lapatinibe e everolimus. Pacientes com reumatismo têm dificuldade em encontrar sulfassalazina, azatioprina e metotrexato.
Também há reclamações da falta de materiais básicos, como luvas e respiradores, e do número insuficiente de médicos e funcionários, além de aparelhos sucateados.
Um funcionário do hospital - que não revelou seu nome- diz que 82 pacientes que fazem tratamento oncológico foram prejudicados. Os medicamentos citados são usados em tratamento contra diversos tipos de câncer. O preço deles pode chegar a R$ 6.500 (uma cartela de 28 comprimidos, no caso do erlotinibe).
O paciente José Nunes da Silva, 71, precisa tomar everolimus diariamente, mas ficou mais de 40 dias sem o remédio, em falta no hospital.
OUTRO LADO
A direção do Hospital Heliópolis esclarece que os pacientes não tiveram o tratamento interrompido por falta dos medicamentos citados. A secretaria da Saúde informou que não foi constatada a falta de materiais.
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