sexta-feira, 11 de novembro de 2011

SERIA O PDT UM OUTRO AJUNTAMENTO DE LADRÕES OU ESTOU ALUCINANDO?

Convênio suspeito beneficiou empresas de filiados do PDT

Ministério do Trabalho assinou dois contratos com ONG quando ela já era alvo de investigação da Polícia Federal
Controladoria diz que serviços não foram prestados ou foram pagos a mais; ministério nega irregularidade

FERNANDO MELLO/BRENO COSTA - FSP
Uma ONG de Santa Catarina, presidida por um pedetista, usou verbas do Ministério do Trabalho para beneficiar empresas de filiados ao PDT.
Muitos dos serviços não foram prestados ou foram pagos em duplicidade, segundo um relatório inédito da CGU (Controladoria-Geral da União) obtido pela Folha.
O documento analisa um convênio entre o ministério e a Adrvale (Agência de Desenvolvimento do Vale do Rio Tijucas e Rio Itajaí Mirim), de R$ 6,9 milhões, firmado em 2007, na gestão Carlos Lupi.
O ministro, que nega corrupção no Trabalho, é presidente licenciado do PDT.
Esse é o mesmo convênio que, como a Folha revelou ontem, tornou-se alvo de um inquérito da Polícia Federal por irregularidades em licitações. Mesmo com o inquérito aberto, o ministro Carlos Lupi beneficiou pessoalmente a Adrvale ao comparecer no evento para a assinatura de outros dois convênios.
A CGU fez sua auditoria em maio de 2008, no início da vigência do convênio. A tentativa era apurar a suspeita de desvios de verbas. Naquele momento, a ONG havia gasto R$ 1,1 milhão do total (valor atualizado) de R$ 6,9 milhões. A CGU calculou que o prejuízo ao erário chegava a 50% do total gasto.
Parte do dinheiro acabou em empresas de militantes do PDT ou de funcionários e familiares de membros da ONG.
Filiado ao PDT desde 1991 e professor de marketing político da fundação nacional da legenda, Danilo Moritz era sócio de quatro empresas que juntas receberam R$ 45,5 mil da Adrvale. Moritz também era consultor da entidade e foi o "principal interlocutor" na reunião da ONG com os auditores da Controladoria.
Uma das empresas do pedetista fazia a contabilidade da Ardvale e ficava na sala ao lado da entidade. O sócio da empresa e o filho dele também receberam R$ 21 mil para atuarem como coordenadores financeiros do projeto.
A Adrvale ainda pagou R$ 10,5 mil a uma empresa da mulher de Moritz, para que fosse produzido material institucional que já havia sido entregue pelo ministério.
Outro caso envolveu o presidente municipal do PDT, Alsari Balbinot. Uma empresa que fica em sua casa, a Organização Josué, levou R$ 15,8 mil para instalar divisórias na ONG, que já tinha divisórias.
Mesmo sem ter nenhuma relação com a Adrvale, Balbinot era quem autorizava o abastecimento de carros da entidade. A mulher dele recebeu R$ 7.000 para se tornar assistente financeira da ONG.





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