Senadores já apostam em cassação de Demóstenes
FSP
Ameaçado de expulsão do DEM, o senador Demóstenes Torres (GO) terá dificuldades para preservar seu mandato se não renunciar.
Diante de novas revelações sobre sua relação com Carlinhos Cachoeira, líderes do governo e da oposição dão como certa a cassação do parlamentar pelo Conselho de Ética da Casa, caso ele seja investigado pelo órgão.
"O mandato dele, a essa altura, termina com a renúncia ou com a reunião do Conselho de Ética", disse o líder do PT, Walter Pinheiro (BA).
Até os aliados de Demóstenes admitem que o caso deve resultar na perda do mandato. "Temos que preservar a instituição, e isso exige rigor no julgamento", disse o tucano Alvaro Dias (PR).
O Conselho de Ética vai se reunir em 10 de abril para eleger o seu novo presidente. Caberá a ele decidir se acata a representação do PSOL contra Demóstenes.
O cargo está vago desde o ano passado, quando o senador João Alberto (PMDB-MA) se licenciou do mandato. O novo nome será do PMDB.
A pressão contra Demóstenes também cresceu dentro do seu partido. O DEM espera que o senador peça espontaneamente a desfiliação até a semana que vem. Do contrário, deve ser expulso.
O DEM concluiu que a permanência do senador nos seus quadros ficou insustentável. Membros da sigla trabalham pela sua saída. Eles temem que, em ano eleitoral, o caso prejudique candidaturas.
A interlocutores o senador disse que vai analisar neste final de semana as investigações da Polícia Federal para apresentar explicações formais ao partido.
GABRIELA GUERREIRO, MARIA CLARA CABRAL, CATIA SEABRA E LEANDRO COLON
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