quarta-feira, 28 de março de 2012

FINAL DOS TEMPOS

Aí vem os... sem-sexo?
Escrito por Felipe Melo - MSM
A tática da fragmentação social em grupos antagônicos, todos digladiando-se por terem guarida do Estado e por terem sustentadas suas pretensões (às quais dão o singelo e mutilado nome de “direitos”) tem um objetivo claro: o enfraquecimento da tessitura sócio-cultural para a instalação de um regime supranacional.
Se você acha que parecer o Sylvester Stallone e falar (e vestir-se) como a Ísis Valverde é algo que choca, se você acredita que ter relações sexuais com uma canaleta de PVC ou com uma mudinha de buriti é escandaloso, certamente você será tachado de preconceituoso e isso vai motivar a ação de um sem-número de ONGs cuja existência baseia-se tão-somente em instrumentalizar características e opções particulares para secar as gordas tetas do poder público. E, de acordo com uma matéria recentemente publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, a coisa não vai parar por aí. Prepare-se para receber os assexuados!
Na verdade, o termo é utilizado de maneira incorreta, uma vez que todos nós nascemos sexuados. Utilizar ou não essa capacidade natural é uma questão individual, seja de escolha, seja de saúde. Existem aquelas pessoas que sacrificam seus impulsos sexuais de maneira profunda em prol de atividades e idéias que considerem superiores – é o caso daqueles que optam pelo celibato apostólico ou religioso –, e há os que de fato não sentem atração sexual. É a estes que se aplica a denominação de assexuados.
assexual pride-flag
Sim, eles já tem até uma bandeira!
Há algo excepcionalmente gritante e escandaloso em alguém simplesmente não querer ter sexo? Não. Entretanto, como sói acontecer nesse mundo em que toda e qualquer preferência individual é fatalmente instrumentalizada para fins políticos, já existem (pasmem!) organizações em defesas dos assexuados. Essas organizações têm por objetivo informar as pessoas sobre o que é ser assexuado, lutar contra a discriminação (!) que existe contra os assexuados e formar uma rede de apoio em que outros assexuados enrustidos possam “sair do armário” (ou, talvez, manter-se em suas calças) sem pressões nem problemas.
Onde reside o problema? Toda essa instrumentalização conduz, inevitavelmente, para os cofres públicos. Assim como centenas de organizações LGBT têm dedicado suas existências a auferir suas verbas do Estado – ou seja, de toda a sociedade, uma vez que o Estado não tem, por si mesmo, dinheiro algum –, não é exagerado supor que, num futuro mais-do-que-próximo, teremos ONGs que lutarão pelos direitos dos assexuados, que exigirão tratamento especializado no sistema de saúde, que demandarão legislação específica para proteger seus interesses e que, evidentemente, terão suas próprias tetas da Mãe-Estado nas quais haverão de se fartar despreocupadamente.
A tática da fragmentação social em grupos antagônicos, todos digladiando-se por terem guarida do Estado e por terem sustentadas suas pretensões (às quais dão o singelo e mutilado nome de “direitos”) tem um objetivo claro: o enfraquecimento da tessitura sócio-cultural para a instalação de um regime supranacional. Evidências há, e aos montes: a atuação constante e diligente de organizações internacionais – como a Fundação Ford, a Fundação Rockfeller, a Organização das Nações Unidas, a UNESCO e a OMS – e nacionais – associações feministas, gayzistas e militantes de toda sorte, atuando dentro e fora dos ambientes institucionalizados brasileiros (sobretudo as universidades) com apoio material e financeiro daquelas mesmas organizações internacionais já citadas. Instrumentalizar o assexualismo (!) como uma bandeira social, cultural e política é do mais alto interesse para as organizações globalistas. Não é à toa que havia uma ala de assexuados na última Parada Gay de San Francisco.
O problema de tudo isso não é, de fato, a opção (ou condição) individual, mas a noção completamente equivocada de que o Estado deve subvencionar toda e qualquer preferência individual sob a única justificativa de ser característica de uma “minoria”. A distorção criada por esse pensamento é o que, por exemplo, levou à estapafúrdia decisão do Conselho da Magistratura do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul em retirar todos os crucifixos dos prédios do judiciário gaúcho a pedido da Liga Brasileira de Lésbicas (LBL). O falso discurso de proteção às minorias gerou a agressão a um símbolo que, mais do que um sinal material de um credo religioso, é um objeto central na própria cultura brasileira. Como lembrou Paulo Brossard em seu artigo ao jornal Zero Hora:
Em todas as salas onde existe a figura de Cristo, é sempre como o injustiçado que aparece, e nunca em outra postura, fosse nas bodas de Caná, entre os sacerdotes no templo, ou com seus discípulos na ceia que Leonardo Da Vinci imortalizou. No seu artigo “O justo e a justiça política”, publicado na Sexta-feira Santa de 1899, Rui Barbosa salienta que “por seis julgamentos passou Cristo, três às mãos dos judeus, três às dos romanos, e em nenhum teve um juiz”… e, adiante, “não há tribunais, que bastem, para abrigar o direito, quando o dever se ausenta da consciência dos magistrados”. Em todas as fases do processo, ocorreu sempre a preterição das formalidades legais. Em outras palavras, o processo, do início ao fim, infringiu o que em linguagem atual se denomina o devido processo legal. O crucifixo está nos tribunais não porque Jesus fosse uma divindade, mas porque foi vítima da maior das falsidades de justiça pervertida.
Não se espantem, pois, se em breve alguma LBA (Liga Brasileira dos Assexuados) começar a emitir panfletos, divulgar vídeos malfeitos, espalhar discursos inflamados e exigir, a expensas de toda a população, dinheiro público para financiar suas atividades. Lembremos, hoje e sempre, daquelas sábias palavras do economista francês Frédéric Bastiat: “O Estado é a grande ficção na qual todos querem viver às custas de todos.”
Felipe Melo edita o blog da Juventude Conservadora da UNB.

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