Quem acompanha o noticiário de Brasília já estava quase se deixando tomar pela sensação de náusea colateral às decisões do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, mas aí, como diz Chico Buarque sobre suas musas, “lalari, lairiri, lalará, liliri…”
Iriny Lopes, ministra de Políticas para Mulheres, deu o ar de sua graça nos jornais censurando o papel a que Gisele Bündchen se presta – de calcinha, sutiã e salto alto – em propaganda de lingerie.
Absurdo autoritário que, cá pra nós, melhorou muito o astral da bronca coletiva com o estado de coisas a que chegamos. O ridículo é sempre menos grave que o malfeito e, entre a Ideli e a Iriny, sei lá, acho mais divertido a gente se indignar com a ação do governo contra o “preconceito e a discriminação” no comercial da Hope. Tadinha! A ministra não entendeu a piada do publicitário tarado que dá vida a uma espécie de Gisele Bündchen submissa, como se isso fosse possível fora da cabeça dos homens!
Todavia, insisto, não fosse a intervenção sem pé nem cabeça da ministra Iriny, talvez a gente estivesse aqui agora jogando conversa fora sobre a participação de Ideli Salvatti na absolvição do Valdemar Costa Neto. Arght!
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