2 suspeitos de roubar o banco Itaú são presos
Vigia e funcionário do setor de alarme teriam confessado participação
Sete suspeitos tiveram prisão solicitada à Justiça; para a polícia, assalto na agência da Paulista foi esclarecido
ROGÉRIO PAGNAN - FSP
JOSMAR JOZINO - "AGORA"
Dois funcionários da equipe de segurança do banco Itaú foram presos sob a suspeita de participação no roubo à agência da Paulista, em agosto. Outras sete prisões foram solicitadas à Justiça. Para a Polícia Civil, o crime está solucionado.
Foram presos o vigia Nivaldo Francisco de Souza, que trabalhava no banco na noite em que aconteceu o assalto, e o analista Cleber da Silva Pereira, funcionário da central que controla os alarmes das agências do Itaú. A Folha tentou localizar os advogados dos dois, sem êxito.
As prisões dos dois ocorreram na segunda-feira, por determinação da Justiça. Elas não foram divulgadas pela Polícia Civil porque foi decretado sigilo no caso.
Os dois funcionários confessaram a participação no roubo e disseram que aceitaram participar pelo "dinheiro fácil" oferecido a eles, segundo a polícia.
A polícia diz que eles alegam ter ouvido dos assaltantes que as vítimas nem reclamariam do roubo do conteúdo nos cofres porque seria tudo "dinheiro de caixa dois".
REFÉM À VONTADE
Policiais dizem que suspeitaram do vigia após ver imagens da agência. Nelas, ele aparece à vontade e "batendo papo" com os ladrões, o que a polícia considera incompatível para um refém.
De acordo com a polícia, quando os assaltantes entraram na agência todo o sistema de monitoramento por meio de câmeras foi destruído. Uma delas, porém, filmou a ação da quadrilha.
As imagens não foram divulgadas, mas policiais dizem que o vigia chegou a comer lanche com o bando durante o assalto.
O roubo durou cerca de dez horas. Não há suspeita, segundo policiais, da participação do outro vigia, rendido na manhã do dia seguinte.
O analista, segundo a polícia, desligou os alarmes um dia antes do roubo.
O Deic (departamento especializado em roubos) prendeu, no dia 15, o pedreiro Marco Antônio Rodrigues dos Santos, irmão de Francisco Rodrigues dos Santos, apontado como um dos ladrões que invadiram o banco.
Até agora nenhum dos clientes reclamou ser dono dos bens apreendidos com o pedreiro (pedras preciosas e cerca de R$ 27 mil em libras esterlinas).
De todos os 142 cofres violados na agência bancária, apenas os donos de 11 registraram ocorrência na polícia.
Procurado, o banco Itaú informou que "segue colaborando com as investigações. Uma vez concluídas, tomará as providências cabíveis".
Do Blog:
Quem planejou isso, não foi descoberto. Se o Deic prendeu alguém, prendeu gesnte burra estúpida o suficiente para cometer os erros que causaram a suposta queda do bando. Eu sublinei um trecho da reportagem para vocês entenderem o meu ponto de vista. Em tese, a maior parte do roubo NÃO pertence a ninguém. COMO COMPROVAR A POSSE DE UMA RIQUEZA NÃO DECLARADA?
Aliás, se não estiver enganado, essas joias já estão na Europa faz tempo. Já disse: as coisas nem sempre são o que aparentam ser.
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