Caminhoneiros decidem interromper entrega de combustível em SP
Caio do Valle - OESP
Os caminhoneiros autônomos de São Paulo resolveram, em assembleia realizada neste domingo, 4, parar segmentos da categoria a partir da madrugada desta segunda-feira, 5. De acordo com o Sindicato dos Transportadores Autônomos de Bens do Estado de São Paulo (Sindicam), ficou decidido que os transportadores independentes de combustível não farão mais entregas para os postos da capital depois da 0h desta segunda-feira.
Além disso, a ordem é para que os caminhões de carga seca (como basculantes e veículos de terraplenagem) estacionem onde quer que estejam circulando na cidade às 4h.
A manifestação será um protesto contra a fiscalização que a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) começará para multar caminhões que não respeitarem os novos horários de proibição de circulação em vias como a Marginal do Tietê e as avenidas Salim Farah Maluf e Juntas Provisórias. Os caminhões não podem mais circular nessas vias das 5h às 9h e das 17h às 22h, de segunda a sexta-feira. Aos sábados, a proibição vale das 10h às 14h.
De acordo com Norival de Almeida Silva, presidente do Sindicam, cerca de 90% dos veículos que entregam combustíveis na capital pertencem a caminhoneiros autônomos. “Daqui a dois dias, você não vai ter mais combustível para abastecer o carro.” A categoria dos caminhoneiros autônomos é contrária especificamente à restrição na Marginal do Tietê, alegando que isso elevará os custos do frete e dificultará o serviço dos trabalhadores.
Silva diz que a manifestação é uma forma de chamar a atenção do prefeito Gilberto Kassab (PSD) para que volte a discutir a restrição com a categoria. Inicialmente, o setor chegou a informar que tinha a intenção de bloquear os acessos das rodovias à Marginal do Tietê.
Cerca de 340 caminhoneiros, boa parte deles representantes de outros sindicatos, participaram da assembleia hoje, no Parque Novo Mundo, zona norte. A capital concentra cerca de 54 mil caminhoneiros autônomos, segundo o Sindicam.
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