segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Empresas estrangeiras já levam 65% dos passageiros, muitas com linhas alternativas
Henrique Gomes Batista  e Danielle Nogueira - O Globo
RIO - Nunca se voou tanto do Brasil para o exterior: no ano, até agosto, mais de 12 milhões de pessoas fizeram desembarques/embarques internacionais, 16,1% a mais que no mesmo período de 2010. E a principal opção tem sido as 42 empresas estrangeiras que atuam no país. Segundo a Junta de Representantes das Companhias Aéreas Internacionais do Brasil (Jurcaib), as empresas com bandeiras de outros países levam 65% dos passageiros. E devem chegar, em breve, a 70%, segundo analistas. Além do maior poder aquisitivo do brasileiro, as empresas estrangeiras aproveitaram o vácuo após a derrocada da Varig - que chegou a ter mais de 50% do mercado internacional. E, com perspectivas sombrias por causa da crise nas economias avançadas, a opção pelo Brasil ganha força. 
O grupo de empresas que ampliaram presença no país só aumenta: Emirates, British Airways, Singapore Airlines, Copa, TAP, Taca, Qatar e Turkish entre outras. Para conquistar o passageiro nacional, as empresas estão até se "tropicalizando":
- Temos cardápios em português e 400 comissários brasileiros na empresa, que além de sempre voar em nossas rotas para o Brasil, quase sempre estão presentes nas ligações preferidas dos clientes nacionais, como Dubai-China e Dubai-Japão - diz Ralf Aasmann, diretor-geral da Emirates no Brasil.
Há um ano na companhia, a curitibana Débora Guarise afirma que ser atendido por uma compatriota atrai os brasileiros. Ela acredita que este é um dos diferenciais da empresa, que inaugura em 2012 a linha Rio-Dubai.
- Eles adoram saber que há brasileiros na tripulação. Como alguns não falam inglês, eles se sentem bastante confortáveis.
Preço é grande diferencial para conquistar passageiro
Outra forma de conquistar brasileiros é criar rotas alternativas. Quem tem crescido assim é a uruguaia Pluna, que já tem no Brasil 40% de seus clientes. A empresa criou linhas diretas como Campinas/Montevidéu e São Paulo/Punta del Este:
Mas o que mais leva os brasileiros a voar em empresas de outros países é o preço. A psicóloga Danielle Porto, que viaja sempre para os Estados Unidos, quase sempre vai de American Airlines:
- Prefiro o serviço da TAM, mas o preço é quase o dobro do cobrado pelas americanas. Não tenho o cartão Fidelidade, mas tenho a milhagem da American - diz, referindo-se à aérea que vai acrescentar 14 frequências semanais para o Brasil este ano.
Para Robson Bertolossi, presidente da Jurcaib, o aumento de voos é bom para a competição.
- As empresas internacionais tendem a conquistar mercado. Há aumento de demanda, mas há muita competitividade em muitas rotas. Na Europa, por exemplo, as pessoas não voam mais direto para seu destino, optam por fazer escalas para ganhar em preço - afirma.


Do Blog:
O capitalismo brasileiro não suporta competição.  Ele é incompetente ao ponto de presisar sempre de leis criadas pelo governo para proteger o seu mercado.  Essas companhias aéreas são relapsas, tanto no serviço prestado quanto na pontualidade.  Espere só até a copa chegar.  Será o caos nos aeroportos.




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