sábado, 10 de março de 2012

BRIGA ANTRE QUADRILHEIROS IMPEDE QUE LEI CRETINA PROPOSTA PELO ZAGUEIRÃO SEJA APROVADA NO CONGRESSO

Líder do governo retirou da pauta projeto que Dilma queria sancionar
FSP
DE BRASÍLIA - Em meio à rebelião da base aliada no Congresso, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), desobedeceu o Planalto ao retirar da pauta um projeto que seria sancionado pela presidente Dilma Rousseff na próxima terça-feira.
A proposta em questão equipara os salários de homens e mulheres que ocupam a mesma função em uma empresa.
O texto, que pune com multa os empregadores que desrespeitarem a regra, foi aprovado nesta semana numa comissão em caráter terminativo e, se não fosse contestado em cinco dias, seria sancionado na visita de Dilma ao Congresso para comemorar o Dia Internacional da Mulher.
Empresários descontentes com a multa pressionaram senadores e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior para que a proposta fosse discutida de novo.
Alegaram que o projeto provocaria enxurrada de ações, por não especificar como a discriminação será identificada.
Jucá então apresentou recurso, com a assinatura de oito colegas, para que o texto fosse votado no plenário, impedindo a sanção imediata de Dilma.
Apesar da surpresa, o governo avalia que, como não há consenso, é importante que o texto seja mais bem debatido. Com o recurso de Jucá, o projeto voltará a ser discutido nas comissões do Senado antes de ser votado. A assessoria do senador diz que ele seguiu orientação do Planalto. A coordenação do governo diz que não pediu a suspensão da aprovação.

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