sábado, 24 de março de 2012

POBRE SOMÁLIA, TÃO LONGE DE DEUS E DENTRO DA ÁFRICA!

Redação União Europeia aprova bombardeio a depósitos e embarcações de piratas da Somália
Forças militares do bloco permanecerão no Chifre da África até, pelo menos, dezembro de 2014.
Felipe Mauro - Opera Mundi
Já com mais de dez navios patrulhando os mares do Chifre da África, a União Europeia concordou nesta sexta-feira (23/03) em ampliar suas operações na região para intensificar o combate aos piratas da Somália.
A partir de agora, suas forças militares poderão atacar as embarcações e os depósitos de combustível utilizados pelos saqueadores do país. De acordo com informações veiculadas pela agência francesa France Presse e pela emissora britânica BBC, até, pelo menos, 2014 o bloco europeu estará autorizado a bombardear as instalações terrestres dos piratas.
A finalidade da decisão seria de incrementar a proteção ao fluxo comercial da região e às rotas de ajuda humanitária. Em comunicado, o ministro das Relações Exteriores da Espanha, Jose Manuel Garcia-Margallo, alegou que o plano do bloco é conduzir tanto ataques terrestres quanto operações de resgate em embarcações seqüestradas “com o máximo de cuidado para que mortes de civis sejam evitadas”.
Agência Efe
Em entrevista à BBC, o almirante Duncan Potts, comandante das forças navais da União Europeia na Somália, “muito progresso já foi feito no combate aos piratas”, ainda que a estratégia do bloco não tenha se alterado desde essas missões tiveram início, em 2008.
Segundo Potts, em 2011 houve trinta embarcações seqüestradas e mais de 700 reféns. Desde o início de 2012, esses números não passam de oito navios detidos e 200 vítimas.
A Somália vive há duas décadas uma guerra civil e atualmente é comandada por um regime transitório incapaz de estender algum tipo de organização política para além da capital Mogadishu.
Em seu anúncio oficial, a União Europeia afirma que pretende trabalhar em conjunto com o governo transitório da Somália no combate à pirataria. Segundo Bruxelas, essa parceria de 14,9 milhões de euros já foi aceita por Mogadishu.

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