sexta-feira, 20 de abril de 2012

E O BISCATÓN VAI FICAR SÓ

EUA se unem à Espanha contra Argentina
Governo americano critica Buenos Aires pela nacionalização da YPF, empresa controlada pela espanhola Repsol
Chanceler espanhol diz que Hillary Clinton classificou o projeto como uma 'violação' do direito internacional
SYLVIA COLOMBO - FSP
O governo dos EUA respaldou a Espanha no atrito com a Argentina desencadeado pela intervenção estatal na petrolífera YPF e pelo projeto de nacionalizá-la, anunciados na última segunda pela presidente Cristina Kirchner.
A expropriação atinge os 51% de ações da YPF que pertencem à espanhola Repsol. A Argentina acusa a empresa de não investir o necessário, gerando riscos de desabastecimento; a Repsol nega.
"Esse tipo de ação pode afetar de forma adversa o clima de investimentos para os negócios dos EUA e empresas de outros países", disse Mark Toner, porta-voz adjunto do Departamento de Estado.
O principal assessor da Casa Branca para a América Latina, Dan Restrepo, ecoou Toner e instou os argentinos a cumprirem com as suas "obrigações internacionais".
Após discutir o tema com a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, o chanceler espanhol, José Manuel García-Margallo, disse que Hillary qualificou a nacionalização da YPF como "violação" do direito internacional.
Robert Zoellick, presidente do Banco Mundial, chamou de "erro" a decisão e disse ser preciso vigiar atos nacionalistas e protecionistas.
O ministro do interior argentino, Florencio Randazzo, disse que a Casa Rosada "toma decisões pensando nos argentinos, e não no que pensam os EUA ou os espanhóis".
O comércio entre Argentina e EUA caiu muito nos últimos anos. Hoje, representa 5% das exportações argentinas e 11% das importações, contra 10% e 18% em 2001.
Ontem, a Standard & Poor's rebaixou a nota de crédito da Repsol de BBB a BBB-. Para a agência, a nacionalização vai deteriorar significativamente o balanço da petroleira.
BRASIL
O ministro Edison Lobão (Minas e Energia) voltou a defender a estabilidade da relação com a Argentina e disse que a ação na YPF não inibe investimentos no continente.
Hoje, ele se reúne com o ministro do Planejamento argentino, Julio De Vido, e pode tratar do pedido de Cristina para que a Petrobras eleve investimentos em seu país.
Sobre o cancelamento de uma das licenças da Petrobras na Argentina, em março, Lobão disse que foi um ato de uma província (Estado).
Colaborou SOFIA FERNANDES, de Brasília
com agências de notícias

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