terça-feira, 3 de abril de 2012

O BISCATÓN ESTÁ AÇULANDO O "POLVO" PARA A GUERRA E QUANDO A ARGENTINA FOR DERROTADA PELA SEGUNDA VEZ SERÁ MELHOR MUDAR O NOME DA CAPITAL PARA ASSUNCIÓN

Luciana Taddeo - Opera Mundi
Buenos Aires Protesto pelos 30 anos da Guerra das Malvinas termina em confronto na ArgentinaManifestantes queimaram bandeiras e atiraram coquetéis molotov perto da embaixada do Reino Unido
O feriado argentino dedicado a homenagear os combatentes mortos durante a Guerra das Malvinas, há 30 anos, acabou em violência em Buenos Aires, nesta segunda-feira (02/04). Em protesto convocado para o início da tarde, em frente à embaixada britânica, manifestantes atiraram coquetéis molotov contra edifícios e acabaram em confronto com a polícia.
Durante o protesto, bandeiras do Reino Unido foram queimadas e os combatentes mortos durante o conflito bélico de 1982 foram homenageados, em meio a cantos de “pátria sim, colônia não”. O protesto convocado por partidos da extrema-esquerda partiu do bairro de Retiro em direção à embaixada britânica e durante o caminho foi hostilizando representações do capital britânico no país, como bancos multinacionais.
No fim da manifestação, um grupo de encapuzados tentou passar pela barreira de contenção disposta nas proximidades da embaixada britânica, atirando coquetéis molotov contra edifícios localizados na região. A Polícia Federal Argentina respondeu com gás lacrimogêneo, jatos de água e balas de borracha. O confronto com os manifestantes deixou pelo menos quatro policiais feridos.
Horas antes, Cristina Kirchner participou de um ato na cidade de Ushuaia, no sul do país, pelo aniversário de 30 anos da guerra. Acompanhada por veteranos e representantes da Comissão de Familiares de Mortos em combate, além do vice-presidente, Amado Boudou e do chefe da casa civil, Abal Medina, a presidente anunciou que seu país pediu à Cruz Vermelha para que intervenha na identificação dos corpos de falecidos durante o conflito.
Durante um breve discurso, a argentina ressaltou a soberania sobre as ilhas e voltou a instar o Reino Unido para que aceite dialogar sobre o assunto, reforçando o pedido para que o país europeu desmilitarize o Atlântico Sul. "Não queremos capacetes de guerra [na região]. Os únicos capacetes que queremos são os dos trabalhadores", disse, pedindo justiça pela extração de recursos pesqueiros e petroleiros das ilhas.

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