Segundo os preços fixados pelo estabelecimento por ocasião desse episódio, o corte de cabelo feminino custava 528 coroas dinamarquesas (cerca de 70 euros), 100 a mais que o corte masculino. O salão de cabeleireiro também fixava uma taxa extra para cortes de cabelo comprido. Após comprovar que, apesar de ter o cabelo curto, lhe pediam o preço fixado para mulheres, a parte queixosa desistiu de cortar o cabelo nesse salão e resolveu denunciá-lo junto ao Conselho de Igualdade de Tratamento.
Após estudar o caso, esse órgão viu indícios claros de que a fixação do preço em função do sexo, e não do comprimento do cabelo, do tipo de corte e de outros parâmetros é sinal de discriminação e, portanto, infringe a lei dinamarquesa que determina a igualdade de tratamento para todas as pessoas, independentemente de seu gênero, raça, religião, crença, opiniões políticas e origem social. Todavia, a decisão contundente desse órgão gerou surpresa e irritação entre os profissionais do setor, que qualificam a medida de "absurda" e já recorreram do veredicto, que agora deverá ser reexaminado por um tribunal.
Segundo a presidente da organização dinamarquesa de cabeleireiros e estilistas independentes, Connie Mikkelsen, "cortar o cabelo de uma mulher simplesmente requer mais tempo", não importando se o cabelo é curto ou comprido. Além disso, em sua opinião, deixar de fixar os preços em função do sexo, como é de praxe na maioria dos salões de cabeleireiros, causará "um caos nos preços". "Medir o tempo que se gasta para cortar o cabelo de cada cliente levaria a uma discussão sobre o comprimento do cabelo, quando deve ser considerado médio ou quando deve ser considerado longo, com isso gerando uma série de conflitos com os clientes", prevê Mikkelsen.
Por ora, o recurso apresentado contra a decisão conseguiu adiar temporariamente o pagamento da multa por parte do salão de cabeleireiro denunciado, à espera que um tribunal decida se os cabeleireiros podem continuar cobrando em função do sexo ou se devem achar outro modo de cobrar seus serviços. Seja qual for o desfecho, o caso não faz mais que sublinhar a imagem da Dinamarca como uma das nações mais comprometidas com a igualdade de sexos, a exemplo dos outros países nórdicos.
A Dinamarca é o sétimo país do mundo com menos diferenças entre homens e mulheres, segundo o relatório anual publicado em 2012 pelo Fórum Econômico Mundial, no qual Islândia, Finlândia, Noruega e Suécia lideram a classificação.
Tradutor: Luiz Roberto Mendes Gonçalves
Após estudar o caso, esse órgão viu indícios claros de que a fixação do preço em função do sexo, e não do comprimento do cabelo, do tipo de corte e de outros parâmetros é sinal de discriminação e, portanto, infringe a lei dinamarquesa que determina a igualdade de tratamento para todas as pessoas, independentemente de seu gênero, raça, religião, crença, opiniões políticas e origem social. Todavia, a decisão contundente desse órgão gerou surpresa e irritação entre os profissionais do setor, que qualificam a medida de "absurda" e já recorreram do veredicto, que agora deverá ser reexaminado por um tribunal.
Segundo a presidente da organização dinamarquesa de cabeleireiros e estilistas independentes, Connie Mikkelsen, "cortar o cabelo de uma mulher simplesmente requer mais tempo", não importando se o cabelo é curto ou comprido. Além disso, em sua opinião, deixar de fixar os preços em função do sexo, como é de praxe na maioria dos salões de cabeleireiros, causará "um caos nos preços". "Medir o tempo que se gasta para cortar o cabelo de cada cliente levaria a uma discussão sobre o comprimento do cabelo, quando deve ser considerado médio ou quando deve ser considerado longo, com isso gerando uma série de conflitos com os clientes", prevê Mikkelsen.
Por ora, o recurso apresentado contra a decisão conseguiu adiar temporariamente o pagamento da multa por parte do salão de cabeleireiro denunciado, à espera que um tribunal decida se os cabeleireiros podem continuar cobrando em função do sexo ou se devem achar outro modo de cobrar seus serviços. Seja qual for o desfecho, o caso não faz mais que sublinhar a imagem da Dinamarca como uma das nações mais comprometidas com a igualdade de sexos, a exemplo dos outros países nórdicos.
A Dinamarca é o sétimo país do mundo com menos diferenças entre homens e mulheres, segundo o relatório anual publicado em 2012 pelo Fórum Econômico Mundial, no qual Islândia, Finlândia, Noruega e Suécia lideram a classificação.
Tradutor: Luiz Roberto Mendes Gonçalves
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