Ato, que também pediu a saída do governador Sérgio Cabral (PMDB-RJ), reuniu
cerca de 500 pessoas na av. Paulista
Polícia acusa o grupo de atirar bombas caseiras e pedras contra tropa, que reagiu e arrastou pela rua um dos detidos
FSPPolícia acusa o grupo de atirar bombas caseiras e pedras contra tropa, que reagiu e arrastou pela rua um dos detidos
Manifestação contra os governadores Geraldo Alckmin (PSDB-SP) e Sérgio Cabral (PMDB-RJ) ontem à noite em São Paulo terminou em confronto entre policiais e ativistas. Onze pessoas, duas delas menores, haviam sido detidas até a conclusão desta edição, segundo advogados e a PM (Polícia Militar).
O protesto fechou a avenida Paulista às 20h. Manifestantes e PMs entraram em choque nas proximidades da rua Bela Cintra.
A polícia acusa o grupo de atirar bombas caseiras e pedras contra a tropa, que reagiu, chegando a arrastar pela rua um dos detidos.
A Folha viu dois dos presos com ferimentos no rosto. Segundo a PM, eles se atracaram com policiais. "O menino foi agredido com uma pancada no rosto", afirmou um dos manifestantes.
A confusão, que se prolongou até a rua da Consolação, teve início quando uma drogaria era pichada com palavras de ataque à PM.
Antes, quando os cerca de 500 manifestantes, segundo a PM, seguiam em marcha pela av. Brigadeiro Luís Antônio, houve outro tumulto, no momento em que um policial fotografava os manifestantes.
Após empurra-empurra, um agente da Rocam (Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas) acabou atingindo uma garota, que foi socorrida por uma colega. Ela sangrou bastante, a ponto de parte do sangue ficar na roupa de um policial.
O grupo então cercou policiais contra a parede e passou a atirar pedras.
A passeata só seguiu quando outro grupo pediu calma e liberou os PMs cercados. Apesar disso, comerciantes em todo o percurso fecharam as portas de seus estabelecimentos. Agências bancárias eram protegidas por policiais em motocicletas.
Eles seguiram pela av. Brigadeiro e voltaram à avenida Paulista, de onde seguiram caminhando em direção à rua da Consolação. Foi próximo ao local que aconteceu o confronto onde oito dos manifestantes foram detidos, na praça do Ciclista. Além deles, mais três manifestantes foram presos na alameda Jaú.
De acordo com a PM, eles carregavam objetos que serviriam para depredar bancos, como porretes.
Os manifestantes já marcaram uma nova manifestação, chamada de "Ocupe Alckmin", para amanhã. O protesto deve começar em frente ao Masp, na Paulista, mas os manifestantes seguirão até o Palácio dos Bandeirantes, onde devem acampar.
AMARILDO
O ato foi organizado pela redes sociais para protestar contra o desaparecimento do pedreiro Amarildo de Souza, morador da comunidade da Rocinha, no Rio de Janeiro.
Faixas contra Alckmin e Cabral eram exibidas pelos ativistas durante o trajeto. Eles também entoavam palavras de ordem cobrando os dois governantes.
Antes do confronto, policiais acompanharam a passeata ao lado dos manifestantes. "Orientei que eles [manifestantes] não rechacem a atuação da PM. Na semana passada, não havia previsão de depredação e houve. Hoje, entendemos que temos que ficar mais próximos", disse o major Genivaldo Antonio, que comandava o policiamento na região da prefeitura, onde teve início o protesto de ontem.
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