Vários locais foram depredados e vidraças estilhaçadas
Manifestações ocorreram em Laranjeiras, Cosme Velho, Largo do Machado e Lapa
Uma agência do Itaú, próximo a Rua Pinheiro Machado, teve as vidraças estilhaçadas - Márcia Foletto / Agência O Globo
RIO - A cidade amanheceu com rastro de destruição após protestos na Zona Sul e no Centro do Rio, na noite desta terça-feira. O quebra-quebra começou na Rua Pinheiro Machado, em Laranjeiras, e seguiu até o Cosme Velho. No trajeto, uma agência do Itaú teve a porta giratória de vidro quebrada na esquina da Pinheiro Machado. Pouco mais adiante, uma agência do Bradesco foi destruída por pedradas.
A concessionária de carros Distac, teve os vidros estilhaçados e dois carros novos atingidos por pedras e paralelepípedos, um ficou com a lataria amassada e o parabrisa destruído, e o outro teve o capô amassado. A agência Cosme Velho, do Bradesco, na esquina da General Glicério também ficou com as vidraças quebradas. Vários pontos de ônibus foram vandalizados. Equipes da Comlurb já limparam a região, na manhã desta quarta-feira, mas ainda há lixo espalhado pelas ruas.
Os manifestantes e policiais entraram em confronto por volta das 20h30m desta terça-feira, perto do Palácio Guanabara, em Laranjeiras. Na confusão, a polícia disparou balas de borracha e bombas de efeito moral, além de usar armas de choque. Os manifestantes revidaram atirando pedras e arrastando um táxi para o meio da rua. Do local, eles atiravam lança-rojões contra os militares.
Por volta das 19h30m, um outro tumulto no Largo do Machado deixou pelo menos uma pessoa ferida. Uma jovem que passava pela região foi atingida por uma bala de borracha na testa durante uma briga entre policiais militares e integrantes do grupo Black Blocs. A mulher, identificada como Taís Justen, uma estudante de Direito da UFRJ, de 24 anos, não estava no protesto. Ela foi atendida por socorristas em um banco de praça. A confusão começou no momento em que um policial revistava um manifestante. Eles teriam começado a discutir e o policial teria usado uma arma não letal para conter o manifestante. Revoltados, os Black Blocs começaram a jogar pedras e garrafas contra os PMs, que revidaram com balas de borracha.
No Cosme Velho, os manifestantes também deixaram um rastro de destruição. Um ponto de ônibus, perto da Rua Marechal Pires Ferreira, foi depredado. Diante do Colégio São Vicente de Paulo, um letreiro publicitário teve o vidro quebrado. Todo o comércio do bairro fechou mais cedo e muito lixo ficou espalhado pelas ruas.
Mais tarde, na Lapa, manifestantes e policiais também entraram em confronto no fim da noite em frente à 5ª DP (Gomes Freire). Durante o conflito, um grupo quebrou o parabrisa e os vidros de um ônibus da Transporte São Silvestre, da linha Lapa-Leblon. O coletivo estava parado no ponto final. Manifestantes também quebraram as vidraças de uma agência do Itaú.
Pedaços de material de construção serviram de munição para que os manifestantes confrontassem os policiais. Muitas bombas de gás lacrimogêneo foram disparadas e o grupo se dispersou pela região. Eles estavam no local por conta de quatro manifestantes detidos na 5ª DP após o protesto na Rua Pinheiro Machado.
Manifestação no Leblon
Durante a tarde, no Leblon, cerca de 30 pessoas participaram de uma manifestação em frente à Rua Aristides Espínola, onde mora o governador Sérgio Cabral. O protesto, denominado 'Bonde Ocupa Cabral', foi convocado pela Associação de Moradores e Amigos de Santa Teresa (Amaste). O movimento reivindicava o retorno dos bondes ao bairro, retirados de circulação há exatos dois anos, quando um acidente deixou seis mortos e 48 feridos. O grupo levou para a manifestação uma réplica artesanal de um bondinho, atraindo a atenção de motoristas e pedestres. Os manifestantes que acampam em frente à rua aderiram ao movimento.
Segundo o diretor de transportes da Amaste, Jackes Schwarzstein, o movimento pretendia mostrar ao governador que os moradores não aceitam o modelo de bondes apresentados pelo governo para substituir os antigos. Ao GLOBO, o secretário estadual da Casa Civil, Régis Fichtner, disse haver um projeto para que a prefeitura assuma o controle dos bondes. A Secretaria municipal de Transportes, no entanto, informou que isso é apenas uma ideia e não há estudos em andamento.
Protesto reuniu professores no Centro
No início da tarde, um protesto de professores complicou o trânsito no Centro do Rio. Cerca de mil manifestantes, que estavam concentrados na Cinelândia, em frente à Câmara dos Vereadores, fecharam parcialmente a Rua Primeiro de Março, na altura da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). O trânsito ficou lento na região. Eles chegaram a fechar a Rua Araújo Porto Alegre e também a Avenida Rio Branco.
O protesto era formado por professores da rede estadual de educação, que estão em greve. Viaturas da polícia militar acompanharam a passeata. Na última segunda-feira, os professores da rede municipal de ensino do Rio decidiram, em assembleia, manter a greve da categoria, iniciada há 21 dias. De acordo com o Sindicato Estadual dos Profissionais em Educação (Sepe), mais de cinco mil profissionais participaram da reunião realizada no Terreirão do Samba, no Centro da cidade. Após a decisão, os grevistas saíram em passeata em direção à sede da prefeitura.
A concessionária de carros Distac, teve os vidros estilhaçados e dois carros novos atingidos por pedras e paralelepípedos, um ficou com a lataria amassada e o parabrisa destruído, e o outro teve o capô amassado. A agência Cosme Velho, do Bradesco, na esquina da General Glicério também ficou com as vidraças quebradas. Vários pontos de ônibus foram vandalizados. Equipes da Comlurb já limparam a região, na manhã desta quarta-feira, mas ainda há lixo espalhado pelas ruas.
Os manifestantes e policiais entraram em confronto por volta das 20h30m desta terça-feira, perto do Palácio Guanabara, em Laranjeiras. Na confusão, a polícia disparou balas de borracha e bombas de efeito moral, além de usar armas de choque. Os manifestantes revidaram atirando pedras e arrastando um táxi para o meio da rua. Do local, eles atiravam lança-rojões contra os militares.
Em nota, a PM informou que foram detidas 10 pessoas durante o conflito. A polícia afirmou também que um policial foi ferido na cabeça, levou oito pontos e fez uma tomografia no Hospital Central da Polícia Militar. Em resposta a imagens de cápsulas de balas exibidas por manifestantes na internet, a PM ressaltou ainda que não utiliza munição letal e que o calibre das cápsulas não corresponde à munição utilizada pelos policiais.
Pouco depois, por volta das 21h15m, os manifestantes jogaram latões de lixo no meio da Rua das Laranjeiras e atearam fogo em alguns deles. Um lojista, revoltado, pegou um pedaço de ferro e saiu até a rua para pegar sua caçamba de lixo de volta, ameaçando quem tentasse impedi-lo. A PM fez uma varredura pelo bairro das Laranjeiras e também no Cosme Velho, para onde teriam ido os manifestantes. A Rua Pinheiro Machado ficou interditada por mais de duas horas e um grande congestionamento se formou na região.Por volta das 19h30m, um outro tumulto no Largo do Machado deixou pelo menos uma pessoa ferida. Uma jovem que passava pela região foi atingida por uma bala de borracha na testa durante uma briga entre policiais militares e integrantes do grupo Black Blocs. A mulher, identificada como Taís Justen, uma estudante de Direito da UFRJ, de 24 anos, não estava no protesto. Ela foi atendida por socorristas em um banco de praça. A confusão começou no momento em que um policial revistava um manifestante. Eles teriam começado a discutir e o policial teria usado uma arma não letal para conter o manifestante. Revoltados, os Black Blocs começaram a jogar pedras e garrafas contra os PMs, que revidaram com balas de borracha.
No Cosme Velho, os manifestantes também deixaram um rastro de destruição. Um ponto de ônibus, perto da Rua Marechal Pires Ferreira, foi depredado. Diante do Colégio São Vicente de Paulo, um letreiro publicitário teve o vidro quebrado. Todo o comércio do bairro fechou mais cedo e muito lixo ficou espalhado pelas ruas.
Mais tarde, na Lapa, manifestantes e policiais também entraram em confronto no fim da noite em frente à 5ª DP (Gomes Freire). Durante o conflito, um grupo quebrou o parabrisa e os vidros de um ônibus da Transporte São Silvestre, da linha Lapa-Leblon. O coletivo estava parado no ponto final. Manifestantes também quebraram as vidraças de uma agência do Itaú.
Pedaços de material de construção serviram de munição para que os manifestantes confrontassem os policiais. Muitas bombas de gás lacrimogêneo foram disparadas e o grupo se dispersou pela região. Eles estavam no local por conta de quatro manifestantes detidos na 5ª DP após o protesto na Rua Pinheiro Machado.
Manifestação no Leblon
Durante a tarde, no Leblon, cerca de 30 pessoas participaram de uma manifestação em frente à Rua Aristides Espínola, onde mora o governador Sérgio Cabral. O protesto, denominado 'Bonde Ocupa Cabral', foi convocado pela Associação de Moradores e Amigos de Santa Teresa (Amaste). O movimento reivindicava o retorno dos bondes ao bairro, retirados de circulação há exatos dois anos, quando um acidente deixou seis mortos e 48 feridos. O grupo levou para a manifestação uma réplica artesanal de um bondinho, atraindo a atenção de motoristas e pedestres. Os manifestantes que acampam em frente à rua aderiram ao movimento.
Segundo o diretor de transportes da Amaste, Jackes Schwarzstein, o movimento pretendia mostrar ao governador que os moradores não aceitam o modelo de bondes apresentados pelo governo para substituir os antigos. Ao GLOBO, o secretário estadual da Casa Civil, Régis Fichtner, disse haver um projeto para que a prefeitura assuma o controle dos bondes. A Secretaria municipal de Transportes, no entanto, informou que isso é apenas uma ideia e não há estudos em andamento.
Protesto reuniu professores no Centro
No início da tarde, um protesto de professores complicou o trânsito no Centro do Rio. Cerca de mil manifestantes, que estavam concentrados na Cinelândia, em frente à Câmara dos Vereadores, fecharam parcialmente a Rua Primeiro de Março, na altura da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). O trânsito ficou lento na região. Eles chegaram a fechar a Rua Araújo Porto Alegre e também a Avenida Rio Branco.
O protesto era formado por professores da rede estadual de educação, que estão em greve. Viaturas da polícia militar acompanharam a passeata. Na última segunda-feira, os professores da rede municipal de ensino do Rio decidiram, em assembleia, manter a greve da categoria, iniciada há 21 dias. De acordo com o Sindicato Estadual dos Profissionais em Educação (Sepe), mais de cinco mil profissionais participaram da reunião realizada no Terreirão do Samba, no Centro da cidade. Após a decisão, os grevistas saíram em passeata em direção à sede da prefeitura.
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