Que o PT está atento às novas mídias sociais é sabido desde que, nas últimas eleições, ficou claro que o partido tinha uma verdadeira organização digital dedicada a espalhar pela rede críticas e acusações aos adversários políticos. Há também um bem montado esquema de blogs pagos por verba oficial para elogiar o governo petista e tentar desqualificar os críticos, sejam eles políticos, jornalistas independentes ou cidadãos que não se vêem representados pelo governo que está aí.
Basta ver a malhação digital orquestrada recentemente contra as atrizes globais que se vestiram de preto para protestar contra o resultado do julgamento do Supremo Tribunal Federal que, aprovando os embargos infringentes, adiou para as calendas gregas o cumprimento das penas a que os mensaleiros já estão condenados.
O surgimento de José Dirceu por trás do “fenômeno” Midia Ninja, depois das manifestações de junho, e os financiamentos oficiais às atividades do grupo, mostram como o partido está atento às experiências nesse setor.
A atividade de Ricardo Augusto Poppi Martins, o assim chamado coordenador de Novas Mídias e outras Linguagens de Participação, ligado ao gabinete do ministro Gilberto Carvalho, foi revelada depois de sua participação em uma reunião na embaixada de Cuba para organizar uma campanha de difamação da blogueira Yoani Sánchez em sua recente visita ao país.
Ele viajou em seguida para Cuba onde participou de um “seminário” sobre o uso da Internet em ações políticas. Pode-se imaginar o que aprendeu por lá, num país que controla a internet para impedir a população de entrar em contato com o mundo.
Há nesse campo, portanto, ações oficiais e outras, ilegais ou clandestinas, que só demonstram como o PT está à frente dos outros partidos no uso dessas novas ferramentas virtuais. Ontem, a presidente Dilma deu novos passos para aprofundar a atuação do governo nesse campo.
“Depois das manifestações de junho, o governo está obcecado com esse negócio de midias sociais”, me disse um ministro. A presidente Dilma, no terreno pessoal, abriu uma página no Facebook, anunciou que vai usar aplicativos como o Instagram e retornou ao Twitter, que havia abandonado após a vitória na eleição de 2010.
Aproveitou um diálogo com a personagem Dilma Bolada para responder à revista inglesa The Economist, que faz sérias críticas ao governo brasileiro na sua mais recente edição. No mesmo dia, lançou o @portalbrasil, o novo site do governo federal.
O mais revelador é que, no discurso de lançamento, a presidente associou-o a outras medidas já tomadas, como Lei de Acesso à Informação ou o Portal da Transparência para dizer que o seu governo reduzir “o grau de assimetria que existe entre o cidadão e o governo, no que se refere a informações”.
Ela se disse disposta a “construir uma prática sistemática de ouvir as ruas, de ouvir o que querem as universidades, de ouvir o que querem as pessoas, a população da cidade e do campo do Brasil, dos diferentes segmentos sociais, e ouvir as redes sociais, ter com as redes sociais também uma interação”.
Continuando com a política de usar internamente a disputa com os Estados Unidos sobre a espionagem cibernética – este assunto e o “Mais Médicos” foram os temas mais lembrados pelos cidadãos ouvidos pela mais recente pesquisa Ibope que mostrou uma subida da popularidade da presidente – a presidente Dilma voltou a repisar a necessidade de “proteger” a rede social para impedir que ela se transforme “em um campo de batalha cibernético entre países”.
É evidente que o governo, qualquer governo, tem mais e melhores condições que os partidos que estão fora dele para “fazer o diabo” numa eleição, como a própria Dilma admitiu recentemente. A ideia de um governo mais aberto ao cidadão-contribuinte, e a participação pessoal da presidente nas redes sociais, é uma boa maneira não apenas de aproximar-se do eleitor, mas também de desmentir a imagem de uma gerentona inflexível e raivosa. Mesmo que não passe de puro marketing.
Basta ver a malhação digital orquestrada recentemente contra as atrizes globais que se vestiram de preto para protestar contra o resultado do julgamento do Supremo Tribunal Federal que, aprovando os embargos infringentes, adiou para as calendas gregas o cumprimento das penas a que os mensaleiros já estão condenados.
O surgimento de José Dirceu por trás do “fenômeno” Midia Ninja, depois das manifestações de junho, e os financiamentos oficiais às atividades do grupo, mostram como o partido está atento às experiências nesse setor.
A atividade de Ricardo Augusto Poppi Martins, o assim chamado coordenador de Novas Mídias e outras Linguagens de Participação, ligado ao gabinete do ministro Gilberto Carvalho, foi revelada depois de sua participação em uma reunião na embaixada de Cuba para organizar uma campanha de difamação da blogueira Yoani Sánchez em sua recente visita ao país.
Ele viajou em seguida para Cuba onde participou de um “seminário” sobre o uso da Internet em ações políticas. Pode-se imaginar o que aprendeu por lá, num país que controla a internet para impedir a população de entrar em contato com o mundo.
Há nesse campo, portanto, ações oficiais e outras, ilegais ou clandestinas, que só demonstram como o PT está à frente dos outros partidos no uso dessas novas ferramentas virtuais. Ontem, a presidente Dilma deu novos passos para aprofundar a atuação do governo nesse campo.
“Depois das manifestações de junho, o governo está obcecado com esse negócio de midias sociais”, me disse um ministro. A presidente Dilma, no terreno pessoal, abriu uma página no Facebook, anunciou que vai usar aplicativos como o Instagram e retornou ao Twitter, que havia abandonado após a vitória na eleição de 2010.
Aproveitou um diálogo com a personagem Dilma Bolada para responder à revista inglesa The Economist, que faz sérias críticas ao governo brasileiro na sua mais recente edição. No mesmo dia, lançou o @portalbrasil, o novo site do governo federal.
O mais revelador é que, no discurso de lançamento, a presidente associou-o a outras medidas já tomadas, como Lei de Acesso à Informação ou o Portal da Transparência para dizer que o seu governo reduzir “o grau de assimetria que existe entre o cidadão e o governo, no que se refere a informações”.
Ela se disse disposta a “construir uma prática sistemática de ouvir as ruas, de ouvir o que querem as universidades, de ouvir o que querem as pessoas, a população da cidade e do campo do Brasil, dos diferentes segmentos sociais, e ouvir as redes sociais, ter com as redes sociais também uma interação”.
Continuando com a política de usar internamente a disputa com os Estados Unidos sobre a espionagem cibernética – este assunto e o “Mais Médicos” foram os temas mais lembrados pelos cidadãos ouvidos pela mais recente pesquisa Ibope que mostrou uma subida da popularidade da presidente – a presidente Dilma voltou a repisar a necessidade de “proteger” a rede social para impedir que ela se transforme “em um campo de batalha cibernético entre países”.
É evidente que o governo, qualquer governo, tem mais e melhores condições que os partidos que estão fora dele para “fazer o diabo” numa eleição, como a própria Dilma admitiu recentemente. A ideia de um governo mais aberto ao cidadão-contribuinte, e a participação pessoal da presidente nas redes sociais, é uma boa maneira não apenas de aproximar-se do eleitor, mas também de desmentir a imagem de uma gerentona inflexível e raivosa. Mesmo que não passe de puro marketing.
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