Para ele, história mostrará que no julgamento do mensalão houve 'linchamento por parte da imprensa'
Ex-presidente afirma que pretende fazer comícios em regiões que Dilma
Rousseff não esteja na campanha de 2014
FSPO ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, em entrevista ao "Correio Braziliense", que se fosse indicar hoje um ministro para o STF (Supremo Tribunal Federal) teria "mais critério".
Apesar de dizer que indicaria hoje os mesmos nomes à Suprema Corte se tivesse que decidir com as informações que tinha no passado, Lula admite que, ciente das informações que tem agora, faria opções diferentes. "Eu teria mais critério. Um presidente recebe listas e mais listas com nomes", explica.
Dos atuais 11 ministros, Lula foi o responsável pela indicação de quatro ao STF: o presidente Joaquim Barbosa, Dias Toffoli, Cármen Lúcia e Ricardo Lewandowski.
Barbosa foi o relator do mensalão e acatou a maior parte das acusações contra os réus, entre eles José Dirceu, ex-ministro de Lula.
Entre os auxiliares que ajudavam Lula na escolha de ministros estavam o ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos e o próprio Toffoli, que trabalhava na Casa Civil.
O ex-presidente evitou dar opiniões sobre o que achou da ação, mas falou que "a história vai mostrar que, mais do que um julgamento, o que nós tivemos foi um linchamento por uma parte da imprensa brasileira".
Lula também falou dos cenários para 2014. Sobre a recente saída do PSB do governo, disse que "todo mundo errou". Em 2014, gostaria de fazer comícios em nome da presidente Dilma Rousseff.
"Eu não quero estar na coordenação, eu quero ser a metamorfose ambulante da Dilma. Estou disposto. Se ela não puder ir para o comício num determinado dia, eu vou no lugar dela. Se ela for para o Sul, eu vou para o Norte. Se ela for para o Nordeste, eu vou para o Sudeste. Isso quem vai determinar é ela", disse na entrevista.
O ex-presidente também respondeu sobre a atuação dele depois que deixou a Presidência da República. Uma reportagem da Folha mostrou que quase metade das viagens internacionais feitas por Lula foi bancada por grandes empreiteiras.
"Mas veja a malandragem. Todas as empresas, inclusive as de jornais e de televisão, têm lobistas em Brasília. Mas são chamados de diretor corporativo ou institucional. Agora, se alguém faz pelo pais, é lobista. Faz parte da pequenez brasileira."
Na entrevista, o ex-presidente Lula disse ainda que, se o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, tivesse aumentado as tarifas de ônibus em janeiro, não teriam ocorrido manifestações no meio do ano.
Sobre destituição do serviço público de Rosemary Noronha, a ex-chefe do gabinete da Presidência em São Paulo, Lula disse que "o servidor que comete algum ilícito tem de ser exonerado".
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