Entre Davos e Havana, o coração da presidente elege o socialismo
- MSM
Entre os dias 25 e 29 de janeiro de 2014, a CELAC (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos) celebra seu II Encontro em Havana, Cuba, reunindo representantes de 33 países para “debater” assuntos de interesse dessas regiões. Cabe salientar que a CELAC é mais um braço do Foro de São Paulo (FSP) e foi criada em 2011 pelo falecido Hugo Chávez, ex-presidente da Venezuela. Seu primeiro encontro deu-se oficialmente no ano passado no Chile, que ostentava a presidência pró-tempore da organização e foi passada para Cuba, na pessoa do ditador Raúl Castro.
Dilma na CELAC em Havana: para os ditadores Castro, sorrisos, carinho e bilhões de dólares do povo brasileiro
Do
mesmo modo que nos Encontros do FSP, a CELAC inicia com um encontro
entre os coordenadores nacionais, que são os chanceleres dos países
membros, onde estes estabelecem as metas e preparam o “documento final”,
o que significa que nada será de fato debatido nos dias oficiais que,
nesse caso, são 28 e 29, e posteriormente mais 20 declarações especiais
serão dadas a conhecer. Como nos tribunais revolucionários, a sentença
chega pronta antes do julgamento do réu.A presidente Dilma esteve em Davos, Suíça, onde participou do encontro com países capitalistas e de lá deveria seguir para Cuba para participar da CELAC. Entre os endinheirados do mundo dona Dilma passou o pires, pedindo que investissem no Brasil, enquanto gasta o dinheiro desses investimentos com ditadores de republiquetas comunistas como a Cuba dos Castro.
Antes de seguir para Havana ela resolveu fazer uma “parada técnica” em Portugal, alegando necessidade de abastecer o avião, e hospedou-se, ela e a enorme comitiva de “aspones”, nos dois hotéis mais caros de Lisboa, cuja despesa total custou a bagatela de R$ 71.000,00. À noite saiu para jantar no restaurante mais caro da cidade e no domingo rumou para Havana onde deveria beijar as botas dos ditadores e inaugurar a primeira etapa do porto de Mariel. Dentre as asneiras ditas em seu discurso destaco as seguintes: “O Brasil acredita e aposta no potencial humano e econômico de Cuba”. “O Brasil quer tornar-se parceiro econômico de primeira ordem para Cuba (...) parceria bilateral de comércio em equipamentos para a saúde, medicamentos e vacinas, nos quais a tecnologia de ponta é dominada por Cuba”. Dispenso os comentários, uma vez que todo mundo sabe que Cuba é um fracasso tecnológico e não tem nada a exportar, além de sua ideologia assassina e seus espiões que já se encontram aqui, na forma de “médicos”. O discurso completo pode-se ver no final deste artigo.
Além dos bilhões doados aos cofres pessoais dos Castro com o programa “Mais Médicos”, dona Dilma financiou 80% da construção do porto de Mariel com dinheiro do BNDES, ou seja, de todos os brasileiros que sequer foram consultados, sendo - segundo palavras dela própria - 802 milhões de dólares na primeira etapa, e 290 milhões de dólares na segunda etapa, com recuperação de rodovias e ferrovias de acesso ao porto. Enquanto isso, as rodovias federais brasileiras continuam fazendo vítimas fatais todos os dias, por falta de sinalização e buracos no asfalto. Nos hospitais públicos pacientes são atendidos no chão dos corredores por falta de leitos disponíveis, e muitos pacientes morrem por não terem exames e tratamentos atendidos em tempo de salvar-lhes a vida.
Com toda essa dinheirama caída do céu, construiu-se um mega edifício especificamente para a CELAC que diz “buscar aprofundar a integração política, social e cultural da América Latina e o Caribe, baseado no pleno respeito pela democracia e direitos humanos”. O que Cuba entende por democracia e que direitos humanos são respeitados, uma vez que uma semana antes de ocorrer o encontro da CELAC a polícia começou a “advertir” e perseguir a dissidência, recolheu da rua os mendigos e as prostitutas, desconectou os celulares, redobrou a vigilância dos domicílios e prendeu alguns dissidentes? Os opositores ainda procuram pelo paradeiro de José Daniel Ferrer e Oscar Elías Biscet que foram detidos quando se dirigiam às Embaixadas da Espanha e Hungria em Havana. 72 horas antes do encontro começar, já haviam 250 dissidentes detidos, alguns dos quais se desconhece o paradeiro.
O foro paralelo que a dissidência pretendia fazer foi abortado por vários fatores, dentre eles a vigilância ostensiva e a prisão domiciliar compulsória nas residências dos líderes opositores, além de muitos deles estarem detidos em lugares completamente desconhecidos de seus familiares. A respeito dessa cúpula paralela, o chanceler Bruno Rodríguez disse em uma coletiva de imprensa: “Não haverá aqui uma cúpula de governos e uma cúpula alternativa dos povos. Havana é o lugar onde podem confluir e confluem naturalmente governos e povos em uma só sala, em um só lugar, em um só evento”, ratificando o autoritarismo ditatorial que não respeita a democracia, a divergência de opinião, nem a liberdade de expressão, malgrado afirme cinicamente que a CELAC é o lugar onde “podem confluir governos e povos”.
Cuba ser anfitriã e pertencer a uma organização que diz defender esses princípios é uma bofetada na cara dos povos livres, cujos governos se curvam e se calam ante todos os crimes que se cometem naquela ilha há 55 anos. Nesse encontro a OEA foi convidada a participar, e seu Secretário Geral, José Miguel Insulza, aceitou o convite. Isso gerou ações de repúdio dos chilenos e da velha guarda cubana em Miami, que denunciam a conivência dos países livres com tamanha opressão e falta total de liberdades, alegando que Insulza deveria cobrar pluralidade de partidos, liberdade de expressão, associação e crença religiosa, direito de ir e vir e que se cumpra a Carta Democrática Interamericana. Cuba foi suspensa da OEA em 1962 por ser declaradamente um país comunista, mas em 2009 por ser comunista e apreciar a ditadura cubana, o próprio Insulza retirou a suspensão, mesmo que NADA tenha mudado no regime, mas os irmãos Castro rechaçaram a oferta.
Também foi convidado o Secretário Geral da ONU, Ban Ki-Moon, que em seu discurso fez um chamado a “fortalecer o sistema de direitos humanos” e expressou sua confiança de que este encontro “contribuirá para a paz, o desenvolvimento e os direitos humanos na região”. Palavras ao vento, formalidades protocolares mas nenhuma crítica efetiva ou condenação ao regime de escravidão a que são submetidos 11 milhões de seres humanos. Todos, sem exceção, se curvam e se rendem aos crimes cometidos pelos ditadores Castro e os tratam com respeito e admiração. TODOS os presentes são coniventes com o genocídio cometido há 55 anos contra gente inocente, ainda hoje, durante este evento. O presidente do México, Henrique Peña Nieto, que ainda não havia visitado Cuba desde sua eleição em 2012, correu a fazer o beija-mão (ou beija botas), e resolveu “anistiar” 70% da dívida de 487 milhões de dólares que a ilha contraiu há mais de 15 anos. TODOS fazem caridade e financiam uma ditadura maldita com o dinheiro do povo, desavergonhadamente!
Além de falar dessas abstrações, a CELAC “defende” a “independência” da Costa Rica que, segundo eles, é uma “colônia do império”, a erradicação da pobreza e da fome, e uma declaração de reconhecimento a Chávez como idealizador da organização. Porém, a mais cínica e sórdida das proposições desse encontro é a que declara que a América Latina é uma “zona de paz”, e que “desterra-se para sempre a ameaça e o uso da força em nossa região”. Certamente isto foi imposto pelas FARC que estão lá em Havana com a farsa do “acordo de paz” com o governo da Colômbia e que, provavelmente, participarão dos encontros dos dias 28 e 29. Já está agendado oficialmente um encontro entre o terrorista presidente do Uruguai, José Mujica, com representantes das FARC, que disse ter a intenção de se colocar como “mediador” entre o bando terrorista e o governo colombiano.
Num encontro ocorrido em Miami com a velha guarda opositora e convidados, a médica epidemióloga venezuelana, Dinorah Figuera, citou a influência cubana em seu país, fazendo denúncias muitíssimo graves, sobretudo para o Brasil que agora escancarou suas portas para a infiltração desses agentes. Disse a doutora Dinorah:
“A corrupção e o escasso recurso humano devastaram a saúde pública na Venezuela. Hoje a Venezuela tem a mais alta taxa de mortalidade da América Latina, a primeira taxa de gravidez precoce, há um grave problema de saúde pública, de malária, de dengue, de tuberculose que eram enfermidades que haviam sido reduzidas, mas procura-se remediá-las só com médicos cubanos que substituem os médicos venezuelanos”.
Cabe salientar que, quando os médicos cubanos começaram a chegar no Brasil, Cuba passava por uma forte epidemia de dengue e cólera que já vinha de vários anos, mas isso foi criminosamente omitido da sociedade brasileira. E eles não param de chegar, porque este é um anos eleitoral e, coincidência ou não, o governo brasileiro tem como meta contratar 13 mil no total.
E no discurso de abertura o ditador hereditário Raúl Castro disse com a maior desfaçatez, de cara para os Secretários da OEA e ONU, de cujas entidades fazem parte os Estados Unidos, que aquele grupo que reúne os países das três Américas, menos Estados Unidos e Canadá, deveria cooperar entre si como “um antídoto contra a espionagem dos Estados Unidos”. Ora, Cuba sempre espionou e continuará espionando quem lhe dá na telha, e todos aplaudem este engodo talvez porque prefiram ser espionados por Cuba em vez do império...
E para este mega evento, foi construído um moderníssimo edifício intitulado Centro de Imprensa que deve ter custado uma fortuna, mas isso para os Castro não é problema porque somos nós, os otários brasileiros, que estamos pagando. Pode-se constatar a magnitude da edificação no vídeo da abertura ocorrida no dia 28.
A imprensa nacional não denuncia nada disso, limitando-se apenas a reportar alguns fatos, com a candura de quem informa um evento esportivo. Nada é o que parece, se tomarmos apenas o que sai na mídia. Tal como ocorreu com o FSP, a CELAC será mais uma organização que a mídia tratará com displicência enquanto seus membros conspiram contra a liberdade de sua própria gente.
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