Rodrigo Constantino - VEJA
A Petrobras divulgou sua produção final para o ano de 2013. Uma queda de 1,5% em relação ao ano anterior, apesar de investimentos cada vez maiores. A empresa estatal, que dava um “guidance” de crescimento de até 5% para o mercado no começo do ano, apelou para as justificativas de sempre, confiando que, nesse ano, tudo será diferente. Disse em comunicado:
A produção
de petróleo e gás natural da Petrobras no Brasil, no ano de 2013,
atingiu a média de 2 milhões 321 mil boed, 1,5% abaixo da média
produzida no ano anterior.
A produção exclusiva de petróleo dos campos
nacionais, no ano passado, ficou, na média, em 1 milhão 931 mil
barris/dia, 2,5% abaixo da produção de 2012 (1 milhão 980 mil b/d).
Incluída a parte operada pela Petrobras para seus parceiros o volume de
2013 chegou a 1 milhão 992 mil barris/dia.
A
redução do volume produzido em 2013 decorreu, principalmente, do atraso
na entrada em operação do campo de Papa-Terra, na Bacia de Campos, cuja
sequência de interligação de poços à plataforma P-63 precisou ser
revista em função da presença de corais no leito oceânico; do
atraso na chegada ao Brasil e dificuldades de instalação de equipamentos
denominados BSRs – Boias de Sustentação de Risers, que permitiriam a
interligação de novos poços nos campos de Sapinhoá e Lula NE, na Bacia
de Santos; e do atraso no início da produção das plataformas P-55 e
P-58, no campo de Roncador e no Parque das Baleias, respectivamente, na
Bacia de Campos. Com a interligação de novos poços nessas unidades de
produção, assim como nas plataformas P-62, no Módulo 4 do campo de
Roncador, e P-61, no de Papa-Terra, ambas previstas para começar a
produzir no primeiro semestre de 2014, a Petrobras terá estabelecido as
condições necessárias para aumentar a produção ao longo de 2014.
Ou seja, a culpa é dos corais!
Independentemente das desculpas da empresa, o fato é que o endividamento
da companhia cresce sem parar, justamente porque ela possui um
gigantesco plano de investimentos que não tem se traduzido em maior
produção.
A dívida líquida já representa três vezes
o que a empresa gera de caixa bruto (EBITDA), um patamar preocupante de
endividamento. O crescimento fica sempre só na promessa, que nunca é
entregue. O resultado é a perda de credibilidade e de valor das ações no
mercado:
Os brasileiros estão vendo, dia a dia, a
destruição da maior empresa nacional pelo PT. É muita incompetência e
uso político juntos. Não tem como dar certo…
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