Compra de sapatos em Paris rende denúncia contra Cristina Kirchner
Janaína Figueiredo - O Globo
BUENOS AIRES - Esta semana, o jornal "New York Post" informou que em sua recente visita a Paris a presidente argentina, Cristina Kirchner, gastou cerca de US$ 110 mil em sapatos da marca Christian Louboutin. A notícia surpreendeu o ex-promotor de Investigações Administrativas do governo e atual candidato a deputado da oposição Manuel Garrido, que na sexta-feira apresentou uma denúncia na Oficina Anticorrupção solicitando que Cristina explique "aspectos confusos" do documento entregue este ano ao organismo estatal. Segundo Garrido, "se observamos a renda anual da presidente e a evolução de seu patrimônio, concluímos que ela e sua filha (Florencia) deveriam viver com apenas 3 mil pesos (US$ 710) por mês".
O ex-promotor, afastado do governo em 2009 em meio a investigações sobre supostos casos de corrupção envolvendo funcionários kirchneristas, entregou sua denúncia ao presidente do Senado, o vice-presidente Julio Cobos, e ao presidente da Câmara, Eduardo Fellner.
- O grande problema da Argentina é que ninguém fiscaliza mais nada, porque basta estudar a declaração de Cristina para ver que existem contradições gravíssimas - lamentou o candidato da União para o Desenvolvimento Social (UDESO), liderada pelo candidato à Presidência Ricardo Alfonsín.
A notícia sobre os sapatos foi desmentida pela Casa Rosada. Para Garrido, "está claro que o nível de vida da presidente não pode ser financiado com apenas 3 mil pesos por mês". O ex-promotor lembrou que existem duas investigações abertas na Justiça sobre o suposto enriquecimento ilícito da presidente.
Jornalistas convocados como testemunhas
A nova acusação chegou num momento em que os tribunais de Buenos Aires foram cenário de um novo capítulo na disputa entre o governo e meios de comunicação privados. A Justiça está avançando no processo iniciado pelo polêmico secretário de Comércio Interior, Guillermo Moreno, contra uma empresa de consultoria que realiza medições da taxa de inflação - apresentando um índice muito superior ao divulgado pelo governo - e decidiu solicitar informações sobre jornalistas que nos últimos seis anos escreveram reportagens sobre inflação. O juiz encarregado do caso, Alejandro Catania, esclareceu ontem que os jornalistas seriam convocados apenas como testemunhas e não como acusados. Apesar da reação de membros da oposição e de associações de defesa da liberdade de expressão, em nenhum momento a Justiça exigiu a revelação de fontes jornalísticas.
Segundo Adrián Ventura, jornalista do "La Nación", o grave não é o pedido de informações e sim o contexto: um caso iniciado por Moreno, funcionário acusado de maquiar as estatísticas econômicas e sociais do país e que considera que os meios de comunicação são cúmplices das empresas de consultoria privadas".
Em NY, Correa acusa imprensa de falta de ética
Em visita a Nova York, onde fez uma palestra na Universidade de Columbia, o presidente do Equador, Rafael Correa, que mantém uma briga judicial em seu país com o jornal "El Universo", disse ontem que a "ética não existe nos meios de comunicação da América Latina".
- Os meios de comunicação são aliados de poderes conservadores e críticos dos governos progressistas - opinou Correa.
A Sociedade Interamericana de Imprensa enviou uma carta a Columbia, criticando as políticas de Correa e dizendo esperar que a fala do presidente equatoriano "sirva para deixar descoberto o seu pensamento contraditório".
Do Blog:
Se nós juntarmos o Chavez, o Evo Morales, o Rafael Correa, o Ollanta Humala, o Fernando Lugo, o Juan Manuel Santos, o Fidel Castro e toda a cúpula do PT e PMDB, o que teremos?
a) o Apocalipse
b) a maior quadrilha de todos os tempos
c) um caso para a OTAN
d) um caso para a Interpol, FBI, CIA, DEA, ATF, Jesus Cristo e muita fé em Deus
e) todas as alternativas acima
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