Polícia e manifestantes entraram em confronto; 20 foram detidos
Tatiana Farah - O Globo
Jovem quebra vidraça de agência bancária - AFP
SÃO PAULO - Em novo protesto contra os governadores Geraldo Alckmin (SP) e Sérgio Cabral (Rio), manifestantes e policiais entraram em confronto, nesta terça-feira, em São Paulo, depois de cenas de vandalismo em diferentes pontos da cidade. Enquanto seguiam da Avenida Faria Lima para a Paulista, vândalos quebraram agências bancárias e uma concessionária de veículos importados, enquanto a polícia reagia com bombas de efeito moral.
Segundo o tenente-coronel Eduardo da Silva Almeida, comandante do 23º BPM, a PM monitorou as redes sociais e localizou a convocação para o protesto. Antes do ato, a polícia já se preparava para reagir.
— Vamos garantir a manifestação para que não haja depredações e problemas — disse o comandante, negando que o grande número de policiais tenha sido chamado por se tratar de protesto contra o governador.
Numa tentativa de diminuir o impacto do protesto, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo divulgou nota, horas antes da manifestação, afirmando que usaria a “energia necessária” em caso de depredações. O governo foi pego de surpresa quando, na última sexta-feira, pelo menos oito agências bancárias e uma cabine da PM foram depredadas.
“A convocação está sendo feita pelo mesmo grupo que promoveu atos de vandalismo na última sexta-feira na Avenida Paulista. A PM respeita o direito à livre manifestação, estará presente ao protesto para dar segurança aos cidadãos pacíficos e agirá com a energia necessária para evitar atos criminosos”, dizia a nota.
Chamava atenção o forte aparato policial. Algo em torno de um policial para cada dois manifestantes. Policiais foram orientados pelo comando a permanecer atrás do grupo de manifestantes, que seguiam pelas principais ruas da Zona Oeste de São Paulo. No início, cerca de 220 PMs acompanhavam os manifestantes; depois, juntaram-se a eles outras forças: Tropa de Choque, Cavalaria e Rota. A PM não divulgou o efetivo total no protesto.
Pelo menos 50 PMs acompanhavam o ato em motocicletas. De cima do capô de um dos carros da polícia, policiais filmavam manifestantes, que reagiam com gritos de “polícia fascista”.
As forças policiais também ocuparam postos na Avenida Paulista para aguardar os manifestantes, que se dispersaram antes de chegar ao local. Aos detidos, os policiais diziam que eles estavam sendo presos por formação de quadrilha e depredação.
Depois das 22h, manifestantes passaram a se concentrar no Vão Livre do Masp, na avenida Paulista. Segundo a PM, eram 40 pessoas. O grupo seguiu para o 14º DP, onde estavam os 20 detidos durante o protesto. Segundo a polícia, a manifestação seguia pacífica. A rua que dá acesso à delegacia, no bairro de Pinheiros, foi cercada por forças policiais, incluindo a tropa de choque. Os manifestantes protestavam contra a prisão de 20 pessoas.
Ao menos 20 pessoas foram detidas. Um deles chegou a ser arrastado por policiais para um carro da polícia. Com a cabeça sangrando e ferimentos no rosto, um jovem foi socorrido por uma mulher no meio da Avenida Rebouças.
Os jovens, a maior parte escondendo o rosto com lenços e capuzes, também picharam lojas e carros na rua. Eles gritavam palavras de ordem contra Alckmin e Cabral e xingavam policiais e jornalistas.Segundo o tenente-coronel Eduardo da Silva Almeida, comandante do 23º BPM, a PM monitorou as redes sociais e localizou a convocação para o protesto. Antes do ato, a polícia já se preparava para reagir.
— Vamos garantir a manifestação para que não haja depredações e problemas — disse o comandante, negando que o grande número de policiais tenha sido chamado por se tratar de protesto contra o governador.
Numa tentativa de diminuir o impacto do protesto, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo divulgou nota, horas antes da manifestação, afirmando que usaria a “energia necessária” em caso de depredações. O governo foi pego de surpresa quando, na última sexta-feira, pelo menos oito agências bancárias e uma cabine da PM foram depredadas.
“A convocação está sendo feita pelo mesmo grupo que promoveu atos de vandalismo na última sexta-feira na Avenida Paulista. A PM respeita o direito à livre manifestação, estará presente ao protesto para dar segurança aos cidadãos pacíficos e agirá com a energia necessária para evitar atos criminosos”, dizia a nota.
Chamava atenção o forte aparato policial. Algo em torno de um policial para cada dois manifestantes. Policiais foram orientados pelo comando a permanecer atrás do grupo de manifestantes, que seguiam pelas principais ruas da Zona Oeste de São Paulo. No início, cerca de 220 PMs acompanhavam os manifestantes; depois, juntaram-se a eles outras forças: Tropa de Choque, Cavalaria e Rota. A PM não divulgou o efetivo total no protesto.
Pelo menos 50 PMs acompanhavam o ato em motocicletas. De cima do capô de um dos carros da polícia, policiais filmavam manifestantes, que reagiam com gritos de “polícia fascista”.
As forças policiais também ocuparam postos na Avenida Paulista para aguardar os manifestantes, que se dispersaram antes de chegar ao local. Aos detidos, os policiais diziam que eles estavam sendo presos por formação de quadrilha e depredação.
Depois das 22h, manifestantes passaram a se concentrar no Vão Livre do Masp, na avenida Paulista. Segundo a PM, eram 40 pessoas. O grupo seguiu para o 14º DP, onde estavam os 20 detidos durante o protesto. Segundo a polícia, a manifestação seguia pacífica. A rua que dá acesso à delegacia, no bairro de Pinheiros, foi cercada por forças policiais, incluindo a tropa de choque. Os manifestantes protestavam contra a prisão de 20 pessoas.
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