segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Vão do qual menina caiu no Galeão está fora da norma
OESP
O guarda-corpo do qual a menina argentina Camila Palacios Busnelli, 3, caiu no sábado (4), no terminal 2 do aeroporto internacional do Galeão, na zona norte do Rio de Janeiro, não obedece às regras da ABNT (Associação Brasileiras de Normas Técnicas). Segundo o Crea-RJ (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia no Rio), a distância entre a escada rolante e a estrutura metálica do guarda-corpo é de quase 20 centímetros, e deveria ser, no máximo, de 11.
"Se a norma da ABNT, de agosto de 2001, tivesse sido observada, provavelmente a menina não teria caído", disse o presidente do CREA-RJ, Agostinho Guerreiro. "Em outros pontos do aeroporto próximos a escadas rolantes, nossos técnicos verificaram vãos ainda maiores do que 20 cm. Se não forem tomadas medidas urgentes, novos acidentes poderão acontecer."
Camila caiu de uma altura de aproximadamente sete metros quando brincava com os dois irmãos mais velhos. A família embarcaria para a Argentina depois de uma viagem turística. A polícia acredita que ela tenha se apoiado no corrimão da escada rolante e tenha sido puxada para baixo. Como o vão era muito grande, o corpo dela passou pelo buraco e ela caiu na hora.
Camila teve traumatismo craniano e de face e continua internada no Hospital Souza Aguiar, no centro do Rio. Seu quadro é estável e ainda inspira cuidados.

Câmeras de segurança

A Polícia Civil analisa as imagens das câmeras de segurança do aeroporto para tentar esclarecer como a menina caiu. Os investigadores também aguardam o resultado dos laudos periciais e procuram possíveis testemunhas.
A delegacia situada dentro do aeroporto já ouviu os pais da menina, funcionários da Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária) que estavam no aeroporto e o médico que atendeu a criança após o acidente.

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