Eliane Cantanhêde - FSP
BRASÍLIA - A nova leva de prefeitos que assume hoje traz uma lufada de otimismo à política brasileira. Inaugura o pós-mensalão e projeta o futuro. Corrupção sempre haverá, mas projeta-se uma fase de mais pudor na gestão pública.A estrela da festa é Fernando Haddad, que chega à prefeitura mais importante do país por um empurrão decisivo dos 80% de popularidade de Lula, mas tem todos os atributos pessoais e vem adquirindo os políticos para fazer não apenas uma boa gestão em São Paulo, mas também abrir horizontes para o PT. Nova cara, nova esperança.
Há, ainda, promessas em diferentes regiões e de diferentes partidos, como Gustavo Fruet (PDT) em Curitiba, Geraldo Júlio (PSB) em Recife, Rui Palmeira (PSDB) em Maceió, assim como Clécio Luís (PSOL) na distante Macapá. Apenas exemplos de sangue novo, para revigorar o combalido corpo político brasileiro.
Tudo, porém, está só começando. Haddad passou pelo MEC, Fruet e Palmeira, de famílias políticas, foram deputados, Geraldo Júlio, cria de Miguel Arraes, foi secretário em Pernambuco, e Clécio Luís, professor da rede pública, era vereador. Mas é agora que vão enfrentar o seu grande desafio, uma espécie de BBB político. O futuro de cada um depende de erros e acertos nas prefeituras.
Há histórico de prefeitos que fizeram excelentes carreiras, mas não faltam exemplos dos que naufragaram para todo o sempre. O mais recente é a de Micarla de Sousa em Natal. Jovem, bonita, tida como inteligente, ela disputou e ganhou a prefeitura pelo charmoso PV. Foi um fracasso retumbante e sai do cargo escorraçada pela decepção popular.
Não é, obviamente, o que se deseja aos novos e promissores prefeitos, que emprestam boas caras, currículos respeitáveis e milhões de boas intenções às suas cidades e às expectativas de seus eleitores. Que estejam à altura delas, deles e do futuro.
Ótimo 2013!
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