Os 109 deputados e 54 senadores eleitos já ganharam a alcunha de Grilinhos, em homenagem a Beppe Grilo
O GLOBO
O comediante Beppe Grillo vota em sua seção eleitoral, em Gênova - GIORGIO PEROTTINO / Reuters
O comediante Beppe Grillo vota em sua seção eleitoral, em Gênova - GIORGIO PEROTTINO / Reuters
ROMA — Um exército de amadores, com idade média de 35 anos, e dois pontos em comum: o repúdio à classe política italiana e a inexperiência no Parlamento. Esse é o perfil dos 109 deputados e 54 senadores eleitos pelo Movimento 5 Estrelas, que já ganharam a alcunha de Grilinhos, em homenagem ao líder da legenda, o comediante Beppe Grillo. Num partido criado inteiramente na internet, os candidatos foram selecionados por meio de uma “disputa” de vídeos no YouTube. As únicas exigências eram que os interessados fossem maiores de idade e não tivessem antecedentes criminais. A candidatura exigia ainda o envio de um currículo, de suas propostas e de um vídeo de apresentação.
Nesse grupo que tem o descontentamento com as velhas práticas da política como base, a telefonista de serviços de emergência Ivana Simeoni, de 62 anos, se destaca como uma das integrantes mais velhas do movimento. Ela conquistou uma vaga no Senado, e seu filho Cristian, um eletricista de 39 anos, foi eleito para a Câmara. Mas muitos novatos ainda não conseguiram mostrar os motivos de serem uma opção melhor para os eleitores. Em suas primeiras entrevistas, diversos integrantes do Movimento 5 Estrelas responderam com lacônicos “hum...” ou “não sei” quando questionados sobre o que fariam ou como se organizariam no Parlamento.
Outros dão mostras de otimismo com as novas funções:
- Não vejo a hora de integrar a Comissão de Orçamento e usar minha experiência para acabar com o desperdício - disse ao “La Repubblica” Laura Castelli, uma consultora tributária de 28 anos, eleita para o Senado.
Resta saber agora se o grupo tentará levar adiante algumas propostas de sua fundação, como o corte de 80% dos salários dos parlamentares - no país com os maiores salários da Europa, onde os rendimentos podem superar os € 18 mil por mês -, e a garantia de que todas as contas de órgãos do governo estejam acessíveis ao público.
Nesse grupo que tem o descontentamento com as velhas práticas da política como base, a telefonista de serviços de emergência Ivana Simeoni, de 62 anos, se destaca como uma das integrantes mais velhas do movimento. Ela conquistou uma vaga no Senado, e seu filho Cristian, um eletricista de 39 anos, foi eleito para a Câmara. Mas muitos novatos ainda não conseguiram mostrar os motivos de serem uma opção melhor para os eleitores. Em suas primeiras entrevistas, diversos integrantes do Movimento 5 Estrelas responderam com lacônicos “hum...” ou “não sei” quando questionados sobre o que fariam ou como se organizariam no Parlamento.
Outros dão mostras de otimismo com as novas funções:
- Não vejo a hora de integrar a Comissão de Orçamento e usar minha experiência para acabar com o desperdício - disse ao “La Repubblica” Laura Castelli, uma consultora tributária de 28 anos, eleita para o Senado.
Resta saber agora se o grupo tentará levar adiante algumas propostas de sua fundação, como o corte de 80% dos salários dos parlamentares - no país com os maiores salários da Europa, onde os rendimentos podem superar os € 18 mil por mês -, e a garantia de que todas as contas de órgãos do governo estejam acessíveis ao público.
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