A antecipação da campanha presidencial trouxe consigo uma série de questões políticas regionais fundamentais para a consolidação das alianças políticas que sustentarão as candidaturas em 2014. O intuito do governo ao antecipar tanto o início da campanha é justamente pressionar os aliados a assumir o apoio à reeleição da presidente Dilma sem que tenham maiores informações do que vai acontecer no governo durante 2013, o que seria fundamental para uma aposta mais segura. Os estrategistas do governo estão convencidos de que a reeleição de Dilma só está ameaçada por uma divisão interna dos aliados.
O trabalho do governo, sob a orientação do ex-presidente Lula, será tentar agrupar antecipadamente sua tropa política, fechando o apoio à reeleição de Dilma, para com isso dificultar a situação dos eventuais candidatos que só terão viabilidade se conseguirem apoios dentro da própria área governista.
PSB, por exemplo, faz parte da base governista, mas prepara-se para lançar seu presidente, o governador de Pernambuco Eduardo Campos, à presidência da República. Não quer, no entanto, antecipar uma decisão que ainda não está sedimentada, e, a depender do que acontecer este ano na economia e nas relações internas dos partidos aliados, poderá nem mesmo ser concretizada. Mas o Palácio do Planalto já está atuando para incentivar as divergências internas do PSB, reforçando a posição do governador do Ceará Cid Gomes. A declaração de seu irmão Ciro, de que Eduardo Campos não está preparado para presidir o país deve ser entendida dentro dessa negociação com os Gomes.
No mesmo caso estão alguns partidos como o PDT, que quer permanecer na base governista, mas não se sente representado pelo ministro do Trabalho Brizola Neto. Quem comanda realmente o partido é o ex-ministro Carlos Lupi, que pode vir a ter papel importante tanto na candidatura de Marina Silva quanto na de Eduardo Campos.
Também o PMDB está inquieto, tanto com o “namoro” de ala do governo com o PSB, mas também por questões regionais. A direção do Rio de Janeiro exige em nota oficial nada menos que uma intervenção da direção nacional do PT para cortar a candidatura do senador Lindbergh Farias ao governo do Estado na sucessão do governador Sérgio Cabral. A ameaça velada de romper com a unidade do apoio do PMDB ao governo Dilma caso a candidatura do vice Pezão não seja a oficial da base governista traz embutida a ideia de uma possível dissidência para apoiar uma candidatura alternativa, que tanto pode ser a de Aécio Neves como Eduardo Campos.
Também em Minas o PMDB pressiona para ganhar um ministério em troca de não aderir à candidatura Aécio. Outros partidos da base governista estão na mesma situação, e a antecipação das decisões não é a melhor solução para eles. Para o governo, diante do futuro incerto especialmente na economia, tirar um compromisso agora é o melhor cenário, pois garantiria o tempo de propaganda eleitoral no rádio e televisão que inviabilizaria outras candidaturas.
Quanto mais candidatos, menos tempo de televisão para o PT e mais chance de a disputa ir para um segundo turno.
O trabalho do governo, sob a orientação do ex-presidente Lula, será tentar agrupar antecipadamente sua tropa política, fechando o apoio à reeleição de Dilma, para com isso dificultar a situação dos eventuais candidatos que só terão viabilidade se conseguirem apoios dentro da própria área governista.
PSB, por exemplo, faz parte da base governista, mas prepara-se para lançar seu presidente, o governador de Pernambuco Eduardo Campos, à presidência da República. Não quer, no entanto, antecipar uma decisão que ainda não está sedimentada, e, a depender do que acontecer este ano na economia e nas relações internas dos partidos aliados, poderá nem mesmo ser concretizada. Mas o Palácio do Planalto já está atuando para incentivar as divergências internas do PSB, reforçando a posição do governador do Ceará Cid Gomes. A declaração de seu irmão Ciro, de que Eduardo Campos não está preparado para presidir o país deve ser entendida dentro dessa negociação com os Gomes.
No mesmo caso estão alguns partidos como o PDT, que quer permanecer na base governista, mas não se sente representado pelo ministro do Trabalho Brizola Neto. Quem comanda realmente o partido é o ex-ministro Carlos Lupi, que pode vir a ter papel importante tanto na candidatura de Marina Silva quanto na de Eduardo Campos.
Também o PMDB está inquieto, tanto com o “namoro” de ala do governo com o PSB, mas também por questões regionais. A direção do Rio de Janeiro exige em nota oficial nada menos que uma intervenção da direção nacional do PT para cortar a candidatura do senador Lindbergh Farias ao governo do Estado na sucessão do governador Sérgio Cabral. A ameaça velada de romper com a unidade do apoio do PMDB ao governo Dilma caso a candidatura do vice Pezão não seja a oficial da base governista traz embutida a ideia de uma possível dissidência para apoiar uma candidatura alternativa, que tanto pode ser a de Aécio Neves como Eduardo Campos.
Também em Minas o PMDB pressiona para ganhar um ministério em troca de não aderir à candidatura Aécio. Outros partidos da base governista estão na mesma situação, e a antecipação das decisões não é a melhor solução para eles. Para o governo, diante do futuro incerto especialmente na economia, tirar um compromisso agora é o melhor cenário, pois garantiria o tempo de propaganda eleitoral no rádio e televisão que inviabilizaria outras candidaturas.
Quanto mais candidatos, menos tempo de televisão para o PT e mais chance de a disputa ir para um segundo turno.
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