Ex-presidente faz críticas à imprensa em aniversário da CUT
Silvia Amorim/Cássio Bruno - O Globo
Lula perticipa do evento de comemoração dos 30 anos da Central Única dos Trabalhadores (CUT), em São PauloMarcos alves / O Globo
Lula perticipa do evento de comemoração dos 30 anos da Central Única dos Trabalhadores (CUT), em São PauloMarcos alves / O Globo
SÃO PAULO - Em discurso na festa de comemoração dos 30 anos da Central Única dos Trabalhadores (CUT), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou-se aos adversários políticos e disse nesta quarta-feira que eles se sentem incomodados com o sucesso alcançado por ele. Lula dedicou parte do pronunciamento a críticas à imprensa e chegou a comparar-se ao ex-presidente dos Estados Unidos Abraham Lincoln.
— Nós sabemos o time que temos, sabemos o time dos adversários e sabemos o que eles estão querendo fazer conosco. Acho que a bronca que eles tinham de mim é o meu sucesso e agora é o sucesso da Dilma. Eles não admitem que uma mulher que veio de onde ela veio dê certo porque a onda pega. Daqui a pouco qualquer um de vocês vai querer ser presidente da República —afirmou Lula.
Um dos fundadores da CUT, o ex-presidente orientou a atual diretoria da entidade a organizar-se para obter maior visibilidade na imprensa. Nesse momento, Lula fez diversas criticas à mídia, mas sem mencionar especificamente veículos de comunicação.
— Essa gente nunca quis que eu ganhasse as eleições. Nunca quis que a Dilma ganhasse as eleições. Aliás, essa gente não gosta de gente progressista. Esse dia eu estava lendo, eu ando lendo muito agora, viu, Gilberto (Carvalho, ministro da Secretaria Geral da Presidência), o livro do Lincoln e fiquei impressionado como a imprensa batia no Lincoln em 1860. Igualzinho bate em mim. E o coitado não tinha computador. Ele ia para o telégrafo esperando tic tic tic. Nós aqui podemos xingar o outro em tempo real. Quanto já estão tuitando aí? Eu estou naquela idade de parar de reclamar que aqueles que não gostam de mim não me dão espaço — disse Lula.
O ex-presidente afirmou que não é preciso pedir favor a jornais.
— Nós temos uma arma poderosa totalmente desorganizada e a gente não tem que ficar chorando porque não saiu no jornal tal. Não tem problema, a gente não tem que pedir favor. Pegue o espaço que temos e faça com que ele seja bem utilizado. Esse país teve formadores de opinião pública que era contra as Diretas Já. Só foram para a rua quando tinha 300 mil pessoas na praça da Sé. Essa gente não era contra a derrubada do Collor. Só foram para a rua quando a gente já estava na rua — completou o ex-presidente.
Para Lula, a imprensa somente noticia quando o assunto é ruim para o governo.
— Quantas vezes vocês fazem passeata em Brasília e não aparece (na mídia)? Se for contra o governo, aí vai aparecer na televisão e, se alguém xingar o governo, vai aparecer mais ainda (...) Nos anos 80 qualquer imbecil se achava formador de opinião pública. Falava meia dúzia de bobagens na televisão e já achava que mudou o mundo. Nunca disseram que o presidente da CUT era formador de opinião e nós mudamos esse conceito porque, apesar de a gente reclamar e do que, às vezes, fazem com a gente, eu não vivo reclamando do espaço que eles não me dão. Eu agora estou querendo saber o que falta eu fazer para ter o espaço que eu quero independente deles — afirmou o ex-presidente.
Condenado no processo do mensalão, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares esteve no evento.
Na tarde desta quarta-feira, já no Rio de Janeiro, o ex-presidente se reuniu, em um hotel de Copacabana, na Zona Sul, com a deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ). Ao chegar no local, a parlamentar reafirmou o posicionamento do PT em lançar a candidatura do senador Lindbergh Farias ao governo do estado do Rio de Janeiro.
Lula participará no final da tarde do Encontro Nacional do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Em seguida, o ex-presidente vai jantar com o governador Sérgio Cabral, com o prefeito Eduardo Paes e com o vice-governador Luiz Fernando Pezão, todos do PMDB. No cardápio, eles vão discutir a sucessão estadual. No Rio, o PMDB ameaçou não apoiar a reeleição da presidente Dilma Rousseff caso o PT mantenha a candidatura de Lindbergh.
— Nós sabemos o time que temos, sabemos o time dos adversários e sabemos o que eles estão querendo fazer conosco. Acho que a bronca que eles tinham de mim é o meu sucesso e agora é o sucesso da Dilma. Eles não admitem que uma mulher que veio de onde ela veio dê certo porque a onda pega. Daqui a pouco qualquer um de vocês vai querer ser presidente da República —afirmou Lula.
Um dos fundadores da CUT, o ex-presidente orientou a atual diretoria da entidade a organizar-se para obter maior visibilidade na imprensa. Nesse momento, Lula fez diversas criticas à mídia, mas sem mencionar especificamente veículos de comunicação.
— Essa gente nunca quis que eu ganhasse as eleições. Nunca quis que a Dilma ganhasse as eleições. Aliás, essa gente não gosta de gente progressista. Esse dia eu estava lendo, eu ando lendo muito agora, viu, Gilberto (Carvalho, ministro da Secretaria Geral da Presidência), o livro do Lincoln e fiquei impressionado como a imprensa batia no Lincoln em 1860. Igualzinho bate em mim. E o coitado não tinha computador. Ele ia para o telégrafo esperando tic tic tic. Nós aqui podemos xingar o outro em tempo real. Quanto já estão tuitando aí? Eu estou naquela idade de parar de reclamar que aqueles que não gostam de mim não me dão espaço — disse Lula.
O ex-presidente afirmou que não é preciso pedir favor a jornais.
— Nós temos uma arma poderosa totalmente desorganizada e a gente não tem que ficar chorando porque não saiu no jornal tal. Não tem problema, a gente não tem que pedir favor. Pegue o espaço que temos e faça com que ele seja bem utilizado. Esse país teve formadores de opinião pública que era contra as Diretas Já. Só foram para a rua quando tinha 300 mil pessoas na praça da Sé. Essa gente não era contra a derrubada do Collor. Só foram para a rua quando a gente já estava na rua — completou o ex-presidente.
Para Lula, a imprensa somente noticia quando o assunto é ruim para o governo.
— Quantas vezes vocês fazem passeata em Brasília e não aparece (na mídia)? Se for contra o governo, aí vai aparecer na televisão e, se alguém xingar o governo, vai aparecer mais ainda (...) Nos anos 80 qualquer imbecil se achava formador de opinião pública. Falava meia dúzia de bobagens na televisão e já achava que mudou o mundo. Nunca disseram que o presidente da CUT era formador de opinião e nós mudamos esse conceito porque, apesar de a gente reclamar e do que, às vezes, fazem com a gente, eu não vivo reclamando do espaço que eles não me dão. Eu agora estou querendo saber o que falta eu fazer para ter o espaço que eu quero independente deles — afirmou o ex-presidente.
Condenado no processo do mensalão, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares esteve no evento.
Na tarde desta quarta-feira, já no Rio de Janeiro, o ex-presidente se reuniu, em um hotel de Copacabana, na Zona Sul, com a deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ). Ao chegar no local, a parlamentar reafirmou o posicionamento do PT em lançar a candidatura do senador Lindbergh Farias ao governo do estado do Rio de Janeiro.
Lula participará no final da tarde do Encontro Nacional do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Em seguida, o ex-presidente vai jantar com o governador Sérgio Cabral, com o prefeito Eduardo Paes e com o vice-governador Luiz Fernando Pezão, todos do PMDB. No cardápio, eles vão discutir a sucessão estadual. No Rio, o PMDB ameaçou não apoiar a reeleição da presidente Dilma Rousseff caso o PT mantenha a candidatura de Lindbergh.
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