sexta-feira, 27 de setembro de 2013

O fanfarrão está com coceira na garganta? Pode resolver o problema quebrando o silêncio sobre a vigarista de estimação
Augusto Nunes - VEJA
Reunido com representantes da imprensa sindical numa sala do Instituto Lula, o palanque ambulante resolveu ampliar nesta terça-feira o colossal acervo de bravatas. “É o seguinte: eu estou no jogo”, avisou. Ninguém tentou descobrir a que jogo o chefe se referia.
“Estou voltando, com muita vontade, com muita disposição, para a felicidade de alguns, para desgraça de outros”. Voltando de onde?, perguntariam jornalistas de verdade. Os companheiros convidados para a “entrevista” afundaram no deslumbramento de quem testemunha uma aparição de Nossa Senhora.
O resto do recado nada tem de enigmático. Lula pretende alegrar os devotos da seita lulopetista e espalhar a desgraça entre os que não engolem o Chefe Supremo. Se não estivesse de férias, a oposição oficial já teria desafiado o fanfarrão: se não consegue conter a vontade de soltar o verbo, que tal quebrar o silêncio sobre o caso Rose?
Como mostra o post de 4 de abril de 2013, reproduzido na seção Vale Reprise, pelo menos 40 perguntas e dúvidas aguardam respostas ou álibis há 307 dias. O ex-presidente jura que está com coceira na garganta. Pode resolver o problema tentando esclarecer a história muito mal contada.
Fala, Lula.

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