Sandrine More - Le Monde
Pedro Armestre/AFP
Manifestantes acampam em praça de Madri para protestar contra a crise econômica e as medidas de austeridade adotadas pelo governo
A Espanha saiu oficialmente da recessão. No terceiro trimestre de 2013, o PIB espanhol cresceu 0,1%, segundo os números provisórios publicados na quarta-feira (30) pelo INE (Instituto Nacional de Estatística) espanhol. Embora muito pequeno, esse crescimento traz muita esperança para o país, onde ele é visto como a "luz no fim do túnel", expressão usada regularmente nas últimas semanas pelo ministro das Finanças, Cristóbal Montoro.
Após nove trimestres consecutivos de queda do PIB, ele vem confirmar aquilo que diversos indicadores sugeriam: o bom comportamento das exportações, a volta dos investimentos internacionais, a queda na curva do desemprego, a volta da confiança nos mercados, a recuperação da Bolsa e a baixa das taxas de juros sobre a dívida soberana.
Danos colaterais
A melhora dos dados macroeconômicos é "consequência de uma diminuição da demanda doméstica, parcialmente compensada pelo aumento da demanda externa", analisa o INE. A retração da economia em um ano continua elevada, de 1,2% do PIB, e é cedo demais para dizer que a Espanha saiu da crise. O desemprego, apesar de uma ligeira queda nos dois últimos trimestres, ainda atinge 26% da população ativa. O endividamento das pessoas físicas continua muito elevado. Os bancos mantêm fortes restrições para a concessão de crédito às pequenas e médias empresas.
Após cinco anos de crise, houve uma nova onda de falências no início do ano. Grandes confecções como a Blanco, a empresa de frutos do mar Pescanova e recentemente a Panrico, verdadeira instituição na Espanha, onde ela é proprietária da marca Donuts, entraram com pedido de falência nos últimos meses, sem contar o caso da empresa de eletrodomésticos Fagor. Já sem fôlego após a mais longa recessão da história recente da Espanha, talvez elas sejam as últimas a cair, simbolizando o fim do saneamento da economia espanhola e dos bancos. Mas os danos colaterais são pesados. No caso da Fagor, ela "nadou e morreu na praia", resume Jokin, funcionário do grupo.
Tradutor: Lana Lim
Manifestantes acampam em praça de Madri para protestar contra a crise econômica e as medidas de austeridade adotadas pelo governo
A Espanha saiu oficialmente da recessão. No terceiro trimestre de 2013, o PIB espanhol cresceu 0,1%, segundo os números provisórios publicados na quarta-feira (30) pelo INE (Instituto Nacional de Estatística) espanhol. Embora muito pequeno, esse crescimento traz muita esperança para o país, onde ele é visto como a "luz no fim do túnel", expressão usada regularmente nas últimas semanas pelo ministro das Finanças, Cristóbal Montoro.
Após nove trimestres consecutivos de queda do PIB, ele vem confirmar aquilo que diversos indicadores sugeriam: o bom comportamento das exportações, a volta dos investimentos internacionais, a queda na curva do desemprego, a volta da confiança nos mercados, a recuperação da Bolsa e a baixa das taxas de juros sobre a dívida soberana.
Danos colaterais
A melhora dos dados macroeconômicos é "consequência de uma diminuição da demanda doméstica, parcialmente compensada pelo aumento da demanda externa", analisa o INE. A retração da economia em um ano continua elevada, de 1,2% do PIB, e é cedo demais para dizer que a Espanha saiu da crise. O desemprego, apesar de uma ligeira queda nos dois últimos trimestres, ainda atinge 26% da população ativa. O endividamento das pessoas físicas continua muito elevado. Os bancos mantêm fortes restrições para a concessão de crédito às pequenas e médias empresas.
Após cinco anos de crise, houve uma nova onda de falências no início do ano. Grandes confecções como a Blanco, a empresa de frutos do mar Pescanova e recentemente a Panrico, verdadeira instituição na Espanha, onde ela é proprietária da marca Donuts, entraram com pedido de falência nos últimos meses, sem contar o caso da empresa de eletrodomésticos Fagor. Já sem fôlego após a mais longa recessão da história recente da Espanha, talvez elas sejam as últimas a cair, simbolizando o fim do saneamento da economia espanhola e dos bancos. Mas os danos colaterais são pesados. No caso da Fagor, ela "nadou e morreu na praia", resume Jokin, funcionário do grupo.
Tradutor: Lana Lim
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