O Estado de S.Paulo
Reportagem de Denise Chrispim Marin, no Estado de ontem, mostra o alto custo
da ineficiência do governo para a balança comercial, contribuindo com o
agravamento do déficit nas transações correntes do balanço de pagamentos.
Trâmites absurdos impostos pela burocracia federal, em especial, fazem com que
os portos brasileiros demorem, em média, 5,5 dias para liberar uma mercadoria,
ante a média mundial de 3 dias. E os aeroportos brasileiros demoram de 25 vezes
a 54 vezes mais tempo do que os aeroportos internacionais para liberar carga,
segundo estudos do Sistema Firjan (da Federação das Indústrias do Estado do Rio
de Janeiro) e do Banco Mundial.
Os atrasos provocados pela burocracia se transformam em custos repassados
para os consumidores. Produtos importados não liberados ficam nos armazéns de
portos e aeroportos, que cobram tarifas das empresas. Os custos pressionam tanto
os preços de exportação, reduzindo a competitividade dos produtores brasileiros,
quanto os preços dos bens importados, o que se reflete em mais inflação. Maior
eficiência poderia resultar, em tese, numa política monetária menos
restritiva.
Além dos custos diretos, há os custos indiretos sobre a exportação e a importação - e estes podem ser ainda mais graves, alerta o presidente da Associação Brasileira de Comércio Exterior (AEB), José Augusto de Castro. Procedimentos burocráticos desnecessários impedem que as indústrias brasileiras se integrem às cadeias internacionais, isolando o Brasil. O País passa a depender ainda mais das exportações de commodities, que têm "salvo" a balança comercial de resultados ainda piores.
Tributos excessivos (por exemplo, sobre as importações de industrializados) e difíceis de recolher, falta de investimentos em pessoal e em equipamentos na Receita Federal nos portos e aeroportos em geral, infraestrutura precária, despreparo da mão de obra e a necessidade de recorrer a despachantes para tarefas que poderiam ser feitas diretamente pelos usuários se incluem entre os custos que poderiam ser removidos com decisões das autoridades (se estas dispusessem de autonomia e tivessem força para evitar o aparelhamento de portos e aeroportos, em geral, pelos partidos da base aliada, especialmente PT e PMDB).
Em 12 meses, o déficit na conta corrente do balanço de pagamentos superou US$ 80 bilhões. Mas seria menor se o governo mostrasse eficiência no comércio exterior.
Além dos custos diretos, há os custos indiretos sobre a exportação e a importação - e estes podem ser ainda mais graves, alerta o presidente da Associação Brasileira de Comércio Exterior (AEB), José Augusto de Castro. Procedimentos burocráticos desnecessários impedem que as indústrias brasileiras se integrem às cadeias internacionais, isolando o Brasil. O País passa a depender ainda mais das exportações de commodities, que têm "salvo" a balança comercial de resultados ainda piores.
Tributos excessivos (por exemplo, sobre as importações de industrializados) e difíceis de recolher, falta de investimentos em pessoal e em equipamentos na Receita Federal nos portos e aeroportos em geral, infraestrutura precária, despreparo da mão de obra e a necessidade de recorrer a despachantes para tarefas que poderiam ser feitas diretamente pelos usuários se incluem entre os custos que poderiam ser removidos com decisões das autoridades (se estas dispusessem de autonomia e tivessem força para evitar o aparelhamento de portos e aeroportos, em geral, pelos partidos da base aliada, especialmente PT e PMDB).
Em 12 meses, o déficit na conta corrente do balanço de pagamentos superou US$ 80 bilhões. Mas seria menor se o governo mostrasse eficiência no comércio exterior.
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