O Estado de S.Paulo
Ao contrário do que acontece com a indústria, que encontra dificuldades
crescentes para manter o espaço que conquistou no mercado internacional, o
agronegócio vem ampliando sua participação no comércio exterior e desempenhando
um papel decisivo para evitar a deterioração ainda mais aguda das contas
externas. Enquanto as exportações totais do País nos primeiros nove meses deste
ano, de US$ 177,65 bilhões, registraram queda de 1,6% em relação às vendas
externas do período janeiro-setembro de 2012, as exportações do agronegócio
aumentaram 9,5%. De janeiro a setembro, o setor exportou US$ 78 bilhões, o que
corresponde a 44% de tudo o que o País vendeu para o exterior no período.
Quanto às importações, embora elas tenham crescido neste ano também no agronegócio (total de US$ 12,67 bilhões nos primeiros nove meses), o aumento no setor, de 5,3% em relação a 2012, foi menor do que a expansão das importações totais, que alcançou 8,7%. Com esse desempenho, o agronegócio acumulou, no período, um saldo comercial positivo de US$ 65,33 bilhões. Mas, por causa do elevado déficit registrado por outros setores, a balança comercial acumulou um déficit de US$ 1,6 bilhão de janeiro a setembro (no ano passado, o resultado foi um superávit de US$ 15,7 bilhões).
As exportações do complexo soja (grão, farelo e óleo) alcançaram 40,6 milhões de toneladas, 28% mais do que em igual período do ano passado. Em média, o Brasil vem exportando cerca de 50% da safra de soja. As carnes (bovina, suína e de aves) ocupam a segunda posição entre os itens do agronegócio mais exportados pelo País.
Os agricultores e os pecuaristas continuam a apostar no aumento de sua produção e, claro, das exportações. Há pouco, o ministro da Agricultura, Antônio Andrade, prognosticou que, "em breve, o País deve se tornar o maior produtor mundial de carnes". Mesmo que isso não se confirme, é muito provável que as exportações de carnes continuem a crescer.
Quanto à soja, o primeiro levantamento da safra 2013-2014 e da intenção de plantio dos produtores realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) indica que, nessa safra, o Brasil poderá tornar-se o maior produtor do mundo. A previsão é de que a produção de soja fique entre 87,4 milhões e 89,7 milhões de toneladas. Mesmo a menor projeção supera as previsões da safra americana, estimada em 85,7 milhões de toneladas pelo Departamento de Agricultura dos EUA. Enquanto as condições climáticas devem favorecer a produção brasileira, a seca prejudica a dos EUA.
A primeira estimativa da Conab projeta uma safra de grãos de 191,9 milhões a 195,5 milhões de toneladas, com alta entre 2,6% e 4,5% sobre a safra anterior, de 187,1 milhões de toneladas. A soja será o grande destaque da safra 2013-2014, seguida pelo milho, cujas projeções cresceram tanto para a área plantada quanto para a produção. O grande estímulo para o plantio deve ser o preço internacional, ainda bastante favorável para os produtores.
Problemas deverão surgir em algumas regiões. A redução da área plantada de milho no Sul dificultará a atividade da indústria de aves e suínos, que está concentrada na região. A produção de dois itens essenciais na mesa dos brasileiros, o arroz e o feijão, continua a patinar. O pequeno aumento esperado da área plantada indica que o Brasil continuará a ser importador desses produtos. O Brasil importará também mais trigo. Do consumo interno estimado em 10,5 milhões de toneladas, o País deverá importar 6,7 milhões. Para atender à demanda, a Câmara de Comércio Exterior já autorizou a importação de 2,7 milhões de toneladas de fora do Mercosul sem a cobrança da tarifa externa comum aplicada a produtos vindos de países que não pertencem ao bloco.
Apesar do esforço dos agricultores, problemas já conhecidos - a precariedade da infraestrutura de transportes e de armazenamento - continuam sem merecer a atenção devida pelo governo. E se agravam com o correr do tempo e a ampliação da safra.
Quanto às importações, embora elas tenham crescido neste ano também no agronegócio (total de US$ 12,67 bilhões nos primeiros nove meses), o aumento no setor, de 5,3% em relação a 2012, foi menor do que a expansão das importações totais, que alcançou 8,7%. Com esse desempenho, o agronegócio acumulou, no período, um saldo comercial positivo de US$ 65,33 bilhões. Mas, por causa do elevado déficit registrado por outros setores, a balança comercial acumulou um déficit de US$ 1,6 bilhão de janeiro a setembro (no ano passado, o resultado foi um superávit de US$ 15,7 bilhões).
As exportações do complexo soja (grão, farelo e óleo) alcançaram 40,6 milhões de toneladas, 28% mais do que em igual período do ano passado. Em média, o Brasil vem exportando cerca de 50% da safra de soja. As carnes (bovina, suína e de aves) ocupam a segunda posição entre os itens do agronegócio mais exportados pelo País.
Os agricultores e os pecuaristas continuam a apostar no aumento de sua produção e, claro, das exportações. Há pouco, o ministro da Agricultura, Antônio Andrade, prognosticou que, "em breve, o País deve se tornar o maior produtor mundial de carnes". Mesmo que isso não se confirme, é muito provável que as exportações de carnes continuem a crescer.
Quanto à soja, o primeiro levantamento da safra 2013-2014 e da intenção de plantio dos produtores realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) indica que, nessa safra, o Brasil poderá tornar-se o maior produtor do mundo. A previsão é de que a produção de soja fique entre 87,4 milhões e 89,7 milhões de toneladas. Mesmo a menor projeção supera as previsões da safra americana, estimada em 85,7 milhões de toneladas pelo Departamento de Agricultura dos EUA. Enquanto as condições climáticas devem favorecer a produção brasileira, a seca prejudica a dos EUA.
A primeira estimativa da Conab projeta uma safra de grãos de 191,9 milhões a 195,5 milhões de toneladas, com alta entre 2,6% e 4,5% sobre a safra anterior, de 187,1 milhões de toneladas. A soja será o grande destaque da safra 2013-2014, seguida pelo milho, cujas projeções cresceram tanto para a área plantada quanto para a produção. O grande estímulo para o plantio deve ser o preço internacional, ainda bastante favorável para os produtores.
Problemas deverão surgir em algumas regiões. A redução da área plantada de milho no Sul dificultará a atividade da indústria de aves e suínos, que está concentrada na região. A produção de dois itens essenciais na mesa dos brasileiros, o arroz e o feijão, continua a patinar. O pequeno aumento esperado da área plantada indica que o Brasil continuará a ser importador desses produtos. O Brasil importará também mais trigo. Do consumo interno estimado em 10,5 milhões de toneladas, o País deverá importar 6,7 milhões. Para atender à demanda, a Câmara de Comércio Exterior já autorizou a importação de 2,7 milhões de toneladas de fora do Mercosul sem a cobrança da tarifa externa comum aplicada a produtos vindos de países que não pertencem ao bloco.
Apesar do esforço dos agricultores, problemas já conhecidos - a precariedade da infraestrutura de transportes e de armazenamento - continuam sem merecer a atenção devida pelo governo. E se agravam com o correr do tempo e a ampliação da safra.
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