O Estado de S.Paulo
Entre dezembro de 2012 e setembro, os aplicadores em títulos governamentais
não residentes (em geral, estrangeiros) aumentaram de 13,7% para 17,2% - mais
3,5 pontos porcentuais - a participação nos papéis da dívida mobiliária federal
interna, segundo o Relatório Mensal da Dívida, distribuído quinta-feira pelo
Tesouro Nacional. Apenas entre junho, com o fim da cobrança do IOF de 6% sobre
as aplicações externas, e setembro, os estrangeiros adquiriram R$ 62 bilhões em
papéis brasileiros. Mais do que mostra de confiança, eles querem se beneficiar
com uma taxa de juros mais alta do que encontram em mercados semelhantes.
Os gestores da dívida mobiliária deram ênfase ao montante das emissões em setembro (R$ 56 bilhões), quase 40% superiores às de agosto. Mas os resgates de papéis atingiram R$ 69,8 bilhões. Resultado: a dívida mobiliária reduziu-se, em valores nominais, de R$ 1,991 trilhão para R$ 1,988 trilhão. Se os valores fossem corrigidos pelo IPCA, a queda teria sido mais elevada.
Chamam a atenção as mudanças da composição da dívida, no mês passado: houve um enorme resgate de LFTs, que são títulos indexados à Selic, no montante de R$ 67,5 bilhões. Mas, em vez de substituir esses papéis por outras LFTs, o Tesouro conseguiu colocar R$ 34,8 bilhões em papéis prefixados - preferidos não só pelos responsáveis pela administração da dívida, no Tesouro Nacional, mas por investidores externos, em especial institucionais. (Nos Estados Unidos, por exemplo, há poucas emissões de títulos indexados à inflação.)
Em setembro também foram pequenas, no Brasil (cerca de R$ 7,2 bilhões), as emissões de papéis corrigidos por índices de preços. Os aplicadores, provavelmente, esperam maior controle da inflação decorrente do aperto monetário ou, ainda, querem avaliar melhor a política de preços administrados, que até aqui causou redução artificial das tarifas de ônibus e energia, além dos preços dos derivados de petróleo.
A dívida pública federal, que corresponde a cerca de 45% do PIB, é bem inferior à dívida bruta total do governo federal, que se eleva a cerca de 58% do PIB, segundo as autoridades brasileiras, ou se aproxima dos 68% do PIB, segundo os cálculos do Fundo Monetário Internacional (FMI). A dívida mobiliária é importante por fornecer, assim, um indicador do grau de confiança (ou desconfiança) dos aplicadores em relação ao Brasil. E os organismos internacionais estão mais desconfiados.
Os gestores da dívida mobiliária deram ênfase ao montante das emissões em setembro (R$ 56 bilhões), quase 40% superiores às de agosto. Mas os resgates de papéis atingiram R$ 69,8 bilhões. Resultado: a dívida mobiliária reduziu-se, em valores nominais, de R$ 1,991 trilhão para R$ 1,988 trilhão. Se os valores fossem corrigidos pelo IPCA, a queda teria sido mais elevada.
Chamam a atenção as mudanças da composição da dívida, no mês passado: houve um enorme resgate de LFTs, que são títulos indexados à Selic, no montante de R$ 67,5 bilhões. Mas, em vez de substituir esses papéis por outras LFTs, o Tesouro conseguiu colocar R$ 34,8 bilhões em papéis prefixados - preferidos não só pelos responsáveis pela administração da dívida, no Tesouro Nacional, mas por investidores externos, em especial institucionais. (Nos Estados Unidos, por exemplo, há poucas emissões de títulos indexados à inflação.)
Em setembro também foram pequenas, no Brasil (cerca de R$ 7,2 bilhões), as emissões de papéis corrigidos por índices de preços. Os aplicadores, provavelmente, esperam maior controle da inflação decorrente do aperto monetário ou, ainda, querem avaliar melhor a política de preços administrados, que até aqui causou redução artificial das tarifas de ônibus e energia, além dos preços dos derivados de petróleo.
A dívida pública federal, que corresponde a cerca de 45% do PIB, é bem inferior à dívida bruta total do governo federal, que se eleva a cerca de 58% do PIB, segundo as autoridades brasileiras, ou se aproxima dos 68% do PIB, segundo os cálculos do Fundo Monetário Internacional (FMI). A dívida mobiliária é importante por fornecer, assim, um indicador do grau de confiança (ou desconfiança) dos aplicadores em relação ao Brasil. E os organismos internacionais estão mais desconfiados.
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