Na sexta-feira, a desocupação do prédio, no Maracanã, terminou em tumulto
Wilson Tosta - O Estado de S.Paulo
O prédio do Museu do Índio, na rua das Palmeiras, em Botafogo, na zona sul do
Rio, foi ocupado na madrugada deste domingo, 24, por cerca de 50 manifestantes,
entre eles índios que não aceitaram a proposta do governo estadual de ir para um
terreno em Jacarepaguá, depois que a Polícia Militar expulsou os últimos
ocupantes do antigo prédio do Museu, no Maracanã, na sexta-feira. Os indígenas
criticam as condições da área que lhes foi oferecida, no Curupaiti, uma
ex-colônia para hansenianos, e também repudiam a hospedagem oferecida pela
Prefeitura do Rio, no Hotel Acolhedor, destinado ao pernoite de população de
rua. Os manifestantes, porém, aceitaram negociar e, por volta de 7h, começaram a
desocupar o local e foram levados para sede da Justiça Federal, no Centro do
Rio. Outra parte do grupo que ocupava o ex-Museu aceitou ficar no hotel até a
mudança para Jacarepaguá, prevista para este domingo, mas também reclama da
hospedagem - há, por exemplo, restrições de horário para entrar e sair.
Na sexta-feira, a desocupação do ex-Museu, no Maracanã, defendida pelo governo do Estado para fazer as obras de reforma do Maracanã antes da Copa de 2014, terminou em violência, com manifestantes agredidos por PMs que usaram bombas e gás de pimenta. Segundo o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), a ação policial foi desnecessária e excessiva, porque a maioria dos ocupantes já tinha deixado o prédio do ex-Museu e poucos índios faziam um ritual de despedida, antes de também sair. O porta-voz da PM, coronel Frederico Caldas, negou que tenham ocorrido excessos e disse que a PM invadiu o local para impedir que o imóvel fosse incendiado. O fogo em uma pequena oca localizada no terreno do ex-Museu, causado por uma fogueira que teria sido acesa para o ritual e que começava a atingir algumas árvores, porém, já fora apagado por bombeiros, que tinham acabado de sair, antes da invasão do Batalhão de Choque da Polícia Militar.
Ainda na sexta-feira, a violência causada pela desocupação continuou no Centro do Rio. Um grupo de manifestantes, que fora protestar nas escadarias da Assembleia Legislativa do Rio, no Centro, entraram em confronto com guardas municipais e PMs. As imagens, feitas por telefone celular e exibidas na Rede Globo mostram um GM dando cacetadas em um manifestante pelas costas e, em outras cena, vários guardas imobilizando um ativista, para espancá-lo. Um policial militar chega a intervir e ordenar aos GMs que cessem as agressões, pedindo calma. Um outra PM, porém, de cassetete na mão, é mostrada xingando um manifestante de "vagabundo". A GM-Rio, em nota, informou no sábado que vai investigar o que aconteceu, mas afirmou que a corporação foi recebida de forma "extremamente hostil" pelos manifestantes, que teriam agredido uma guarda e danificado um carro da Guarda.
Pivô dos conflitos e da polêmica, o complexo do Maracanã será concedido à iniciativa privada e o prédio do ex-Museu do Índio será preservado, uma exigência dos ocupantes, que estavam ali havia seis anos. Outra exigência - a instalação de um centro de referência e estudos da cultura indígena no local -, no entanto, não será atendida. O governador Sérgio Cabral Filho (PMDB) já anunciou que ali será um "Museu Olímpico", sem dar detalhes do projeto. As obras do complexo incluirão a demolição do Estádio Olímpico Célio de Barros e do Parque Aquático Julio Delamare, para construção de um estacionamento, e a transformação do novo estádio e seu entorno em um complexo de lazer, para apresentação também de shows musicais.
Na sexta-feira, a desocupação do ex-Museu, no Maracanã, defendida pelo governo do Estado para fazer as obras de reforma do Maracanã antes da Copa de 2014, terminou em violência, com manifestantes agredidos por PMs que usaram bombas e gás de pimenta. Segundo o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), a ação policial foi desnecessária e excessiva, porque a maioria dos ocupantes já tinha deixado o prédio do ex-Museu e poucos índios faziam um ritual de despedida, antes de também sair. O porta-voz da PM, coronel Frederico Caldas, negou que tenham ocorrido excessos e disse que a PM invadiu o local para impedir que o imóvel fosse incendiado. O fogo em uma pequena oca localizada no terreno do ex-Museu, causado por uma fogueira que teria sido acesa para o ritual e que começava a atingir algumas árvores, porém, já fora apagado por bombeiros, que tinham acabado de sair, antes da invasão do Batalhão de Choque da Polícia Militar.
Ainda na sexta-feira, a violência causada pela desocupação continuou no Centro do Rio. Um grupo de manifestantes, que fora protestar nas escadarias da Assembleia Legislativa do Rio, no Centro, entraram em confronto com guardas municipais e PMs. As imagens, feitas por telefone celular e exibidas na Rede Globo mostram um GM dando cacetadas em um manifestante pelas costas e, em outras cena, vários guardas imobilizando um ativista, para espancá-lo. Um policial militar chega a intervir e ordenar aos GMs que cessem as agressões, pedindo calma. Um outra PM, porém, de cassetete na mão, é mostrada xingando um manifestante de "vagabundo". A GM-Rio, em nota, informou no sábado que vai investigar o que aconteceu, mas afirmou que a corporação foi recebida de forma "extremamente hostil" pelos manifestantes, que teriam agredido uma guarda e danificado um carro da Guarda.
Pivô dos conflitos e da polêmica, o complexo do Maracanã será concedido à iniciativa privada e o prédio do ex-Museu do Índio será preservado, uma exigência dos ocupantes, que estavam ali havia seis anos. Outra exigência - a instalação de um centro de referência e estudos da cultura indígena no local -, no entanto, não será atendida. O governador Sérgio Cabral Filho (PMDB) já anunciou que ali será um "Museu Olímpico", sem dar detalhes do projeto. As obras do complexo incluirão a demolição do Estádio Olímpico Célio de Barros e do Parque Aquático Julio Delamare, para construção de um estacionamento, e a transformação do novo estádio e seu entorno em um complexo de lazer, para apresentação também de shows musicais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário