Eduardo Campos cada vez mais exposto e desenvolto, a ponto de provocar no meio político a especulação de que já teria comunicado à Presidente Dilma que concorrerá contra ela. Favorita para se reeleger, Dilma também faz seus movimentos cada vez mais em função da campanha eleitoral que o próprio governo antecipou.
Na nova reforma ministerial, cercou ao mesmo tempo Aécio e Campos. Incluiu no governo nada menos que dois mineiros, um do PSD e outro do PMDB, além de dar dois ministérios ao partido do ex-prefeito Gilberto Kassab. O tratamento privilegiado ao PSD tem uma razão de ser: a relação do ex-prefeito paulista com o governador de Pernambuco é muito estreita, a ponto de o PSB ter ajudado diretamente a formação do PSD, que poderia até mesmo ter sido incorporado pelos socialistas se Kassab não conseguisse organizar o novo partido a tempo.
A possibilidade de o PSD vir a fazer parte de uma coalizão de apoio a Eduardo Campos na campanha presidencial é concreta, e a presidente Dilma está tratando de manter sob suas asas os partidos aliados, que começam a ser assediados pelos candidatos opositores. A expectativa de poder trazida pelo favoritismo de Dilma ainda evita decisões de partidos que gostariam de se livrar do PT. Mas tanto Aécio quanto Campos já trabalham nos bastidores para mostrar que eles têm como chegar à disputa como prováveis polos de poder futuro.
O PSDB, por exemplo, já está montando uma estratégia partidária abrangente. Nos estados em que não tiver candidatos naturais ao governo, optará primeiro por apoiar os candidatos dos partidos de oposição, DEM e PPS, isto se o PPS não estiver com Campos. Em seguida, se aliará aos partidos que estiverem fazendo oposição regional ao PT.
Não é à toa, portanto, que Campos brincou com Aécio sobre “dar corda”. Mesmo que nos planos iniciais constasse uma aliança com o PSB, a realidade política está mostrando aos tucanos que provavelmente o PSB entrará na disputa para dividir os votos oposicionistas, mas, sobretudo para tirar votos da aliança governista.
É o mesmo caso da ex-senadora Marina Silva, que no primeiro turno da eleição de 2010 teve cerca de 20% dos votos, em grande parte saída da base eleitoral governista. Sem acordos partidários no segundo turno, a maioria desses votos retornou para a candidata oficial Dilma Rousseff, mesmo por que durante a campanha Marina não foi capaz de fazer oposição frontal a Dilma e sua visão de meio-ambiente, razão de sua saída do governo.
Há uma impressão no meio político de que um acordo, mesmo que informal, será mais provável entre os três principais adversários de Dilma em 2014 do que foi em 2010. O senador Aécio Neves, que assumirá a presidência do PSDB em maio e viajará pelo país, seria mais habilidoso na armação dessas negociações do que Serra, e Eduardo Campos aparece por enquanto como o fato novo da eleição, também muito afeito a acordos de bastidores.
Aécio Neves é menos conhecido nacionalmente que Serra, e também por isso tem menor rejeição, o que facilitaria os acordos no segundo turno. Pretende também fazer uma campanha ressaltando o lado transformador e progressista do PSDB, para não correr o risco de rejeição forte. Antes disso, porém, precisa organizar seu grupo internamente, quer dizer, precisa trazer Serra para sua campanha.
Nos próximos dias veremos Aécio Neves fazer gestos de aproximação para tentar pacificar a área paulista, fundamental para uma campanha minimamente competitiva. O governador Geraldo Alckmin e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso estão empenhados em ajudar Aécio a levar Serra para o comando da campanha presidencial, apesar dos boatos de que ele estaria se preparando para ir para o PPS para apoiar a candidatura de Eduardo Campos a presidente.
Na nova reforma ministerial, cercou ao mesmo tempo Aécio e Campos. Incluiu no governo nada menos que dois mineiros, um do PSD e outro do PMDB, além de dar dois ministérios ao partido do ex-prefeito Gilberto Kassab. O tratamento privilegiado ao PSD tem uma razão de ser: a relação do ex-prefeito paulista com o governador de Pernambuco é muito estreita, a ponto de o PSB ter ajudado diretamente a formação do PSD, que poderia até mesmo ter sido incorporado pelos socialistas se Kassab não conseguisse organizar o novo partido a tempo.
A possibilidade de o PSD vir a fazer parte de uma coalizão de apoio a Eduardo Campos na campanha presidencial é concreta, e a presidente Dilma está tratando de manter sob suas asas os partidos aliados, que começam a ser assediados pelos candidatos opositores. A expectativa de poder trazida pelo favoritismo de Dilma ainda evita decisões de partidos que gostariam de se livrar do PT. Mas tanto Aécio quanto Campos já trabalham nos bastidores para mostrar que eles têm como chegar à disputa como prováveis polos de poder futuro.
O PSDB, por exemplo, já está montando uma estratégia partidária abrangente. Nos estados em que não tiver candidatos naturais ao governo, optará primeiro por apoiar os candidatos dos partidos de oposição, DEM e PPS, isto se o PPS não estiver com Campos. Em seguida, se aliará aos partidos que estiverem fazendo oposição regional ao PT.
Não é à toa, portanto, que Campos brincou com Aécio sobre “dar corda”. Mesmo que nos planos iniciais constasse uma aliança com o PSB, a realidade política está mostrando aos tucanos que provavelmente o PSB entrará na disputa para dividir os votos oposicionistas, mas, sobretudo para tirar votos da aliança governista.
É o mesmo caso da ex-senadora Marina Silva, que no primeiro turno da eleição de 2010 teve cerca de 20% dos votos, em grande parte saída da base eleitoral governista. Sem acordos partidários no segundo turno, a maioria desses votos retornou para a candidata oficial Dilma Rousseff, mesmo por que durante a campanha Marina não foi capaz de fazer oposição frontal a Dilma e sua visão de meio-ambiente, razão de sua saída do governo.
Há uma impressão no meio político de que um acordo, mesmo que informal, será mais provável entre os três principais adversários de Dilma em 2014 do que foi em 2010. O senador Aécio Neves, que assumirá a presidência do PSDB em maio e viajará pelo país, seria mais habilidoso na armação dessas negociações do que Serra, e Eduardo Campos aparece por enquanto como o fato novo da eleição, também muito afeito a acordos de bastidores.
Aécio Neves é menos conhecido nacionalmente que Serra, e também por isso tem menor rejeição, o que facilitaria os acordos no segundo turno. Pretende também fazer uma campanha ressaltando o lado transformador e progressista do PSDB, para não correr o risco de rejeição forte. Antes disso, porém, precisa organizar seu grupo internamente, quer dizer, precisa trazer Serra para sua campanha.
Nos próximos dias veremos Aécio Neves fazer gestos de aproximação para tentar pacificar a área paulista, fundamental para uma campanha minimamente competitiva. O governador Geraldo Alckmin e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso estão empenhados em ajudar Aécio a levar Serra para o comando da campanha presidencial, apesar dos boatos de que ele estaria se preparando para ir para o PPS para apoiar a candidatura de Eduardo Campos a presidente.
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