terça-feira, 1 de outubro de 2013

Agência de risco rebaixa OGX, de Eike Batista, para nível de calote                                                         
UOL
A agência de classificação de risco Standard & Poor's rebaixou nesta terça-feira (1º) o rating da petroleira OGX (OGXP3), do empresário Eike Batista, de "CCC-" para "D", após o não pagamento de juros sobre bônus no exterior.
"Não esperamos que a empresa pague os juros devidos dentro do período de cura de cinco dias úteis estabelecidos em nosso critério, e acreditamos que isso sinaliza um default generalizado e que a empresa reestruturará sua dívida", informou a S&P, em nota.
"Essa expectativa se baseia na geração de fluxo de caixa quase nula da OGX e na sua posição de liquidez apertada. As reservas de caixa da empresa somavam aproximadamente US$ 326 milhões em 30 de junho de 2013", acrescentou a agência de risco.
Pela manhã, a OGX informou que decidiu não pagar cerca de US$ 45 milhões em juros sobre bônus de 1,1 bilhão de dólares no exterior com vencimento em 2022, e que o contrato dos títulos garante à companhia 30 dias para adotar as medidas para que não seja caracterizado o vencimento antecipado da dívida.
Agências de risco falharam na crise
As agências de classificação de risco, que dão notas para países, empresas e negócios, determinando sua suposta credibilidade financeira, foram muito criticadas por terem falhado na crise global de 2008/2009.
Elas deram boas notas para operações de vendas de hipotecas imobiliárias nos EUA que afundaram bancos e investidores e geraram a grande crise financeira.
O rating, ou classificação de risco, refere-se ao mecanismo de classificação da qualidade de crédito de uma empresa, um país, um título ou uma operação financeira.
Ele busca mensurar a probabilidade de calote de obrigações financeiras, ou seja, o não-pagamento, incluindo-se atrasos e ou falta efetiva do pagamento. O rating é um instrumento relevante para o mercado, uma vez que fornece aos potenciais credores uma opinião supostamente independente a respeito do risco de crédito do objeto analisado.

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