Venezuela condena decisão dos EUA de expulsar diplomatas
Governo disse que funcionários não participaram de reuniões com grupos de oposição a Obama

O Globo

CARACAS - O governo venezuelano condenou na noite de terça-feira a decisão do governo do presidente dos EUA, Barack Obama, de expulsar o encarregado de negócios da Embaixada da Venezuela em Washington, Calixto Ortega, e outros dois funcionários venezuelanos em resposta à medida contra diplomatas americanos, aprovada na quarta-feira pelo governo de Caracas.

"O governo da República Bolivariana da Venezuela rejeita categoricamente as declarações da funcionária Kelly Keiderling, encarregada de negócios da Embaixada dos Estados Unidos da América, em Caracas. Tais declarações são uma confissão aberta de ingerência nos assuntos internos da Venezuela, razão pela qual a funcionária foi declarada persona non grata e exortada a deixar o território venezuelano", disse um comunicado do Ministério das Relações Exteriores da Venezuela.
"Da mesma forma se repudia a expulsão do encarregado de negócios da Embaixada da República Bolivariana da Venezuela em Washington, Calixto Ortega Rios, bem como a da segunda secretária da Embaixada, Monica Sanchez, e da cônsul, Marisol Gutierrez, do Consulado da Venezuela em Houston", disse o comunicado divulgado no site do Ministério das Relações Exteriores sem dar mais detalhes.

O governo do presidente Nicolas Maduro disse que "você pode considerar isso uma decisão mútua, observando a conduta inequívoca dos nossos funcionários, que não têm ousado em nenhum momento reuniões com grupos de oposição ao governo do presidente Barak Obama ou pessoas interessadas em agir contra o governo dos EUA".