Anúncio oficial deverá ser feito ainda nesta semana
Maria Lima, Luiza Damé e Catarina Alencastro - O Globo
BRASÍLIA - Em mais uma reunião com o vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP), na noite de terça-feira, a presidente Dilma Rousseff avançou nas negociações políticas para as mudanças que fará no primeiro escalão do seu governo, para recompor o palanque da eleição presidencial de 2014. Na conversa, ficou praticamente fechada a dança de cadeiras que fará para reforçar a ala peemedebista do vice-presidente e já amarrar o apoio do PSD do ex-prefeito Gilberto Kassab à sua reeleição.
Safady Simão é presidente do PSD de Minas e ganhou pontos com a presidente Dilma como colaborador na elaboração e correção de rumos do programa Minha Casa Minha Vida e, principalmente, porque levou seu partido em Minas a apoiar a candidatura derrotada do petista Patrus Ananias, contra a vontade da maioria dos integrantes mineiros do partido. Ele já está comprometido também com a pré-candidatura do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, ao governo de Minas, em 2014.
Seu nome foi cogitado pela presidente Dilma para ser o novo titular da cobiçada Secretaria de Aviação Civil (SAC), mas esse posto é desejado por Michel Temer para acomodar o também peemedebista Moreira Franco (RJ), atual titular da esvaziada Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE).
O atual ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, do PMDB gaúcho, decidirá ainda se reassume seu mandato na Câmara ou ocupa outra função no governo, que poderia ser a Secretaria de Assuntos Estratégicos. O PMDB ainda não desistiu de remanejar Moreira Franco para a Secretaria de Aviação Civil. Uma possibilidade cogitada inicialmente, para que ocupasse um ministério de maior visibilidade — e com a chamada “capilaridade política” —, era transferir Moreira para o Ministério do Turismo, mas houve resistência do grupo de Sarney à substituição de Gastão Vieira (PMDB-MA).
Além da provável indicação de Safady Simão, o PSD de Kassab — partido novo, mas que tem mais de 50 deputados espalhados por todas as regiões do país — deve ganhar também com a indicação do vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos (PSD), para a nova Secretaria de Micro e Pequena Empresa, criada com status de ministério.
Outro partido que a presidente Dilma precisa agregar ao palanque de 2014 é o PR, que se afastou da base governista depois que o senador Alfredo Nascimento (PR-AM) perdeu o posto de ministro dos Transportes sob denúncias de corrupção. Mas não está fácil o entendimento com a legenda, que tem suas divisões internas.
A maior parte do PR vetou, por exemplo, a nomeação do senador Blairo Maggi (MT) para ministro, desejada pela presidente Dilma. Depois que foi instalado esse impasse, a presidente passou a considerar a possibilidade de ter um nome político do partido no comando do Ministério dos Transportes, mas com um técnico de sua confiança na Secretaria Executiva do ministério. Nesse caso, o nome mais cotado é o do deputado Luciano Castro (PR-RR), ex-líder do PR na Câmara.
Compromisso de não ser candidato
Se o PR concordar com essa solução, o atual ministro Paulo Sérgio Passos, filiado ao partido de Alfredo Nascimento, mas técnico de confiança de Dilma, passaria a comandar a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
— Já houve duas reuniões com a presidente Dilma para tratar do assunto, e estamos esperando, até sexta-feira (amanhã), que aconteça alguma coisa — disse ontem um dirigente do PR.
Na conversa com Temer, a presidente quis ter a garantia de que nenhum dos novos indicados disputará a eleição ano que vem, ou seja, todos ficarão, salvo algum problema, até o final do atual mandato dela.
No PSD, apesar das negociações em curso para atrair o partido, seus dirigentes continuam com o discurso de que só na reunião da Executiva Nacional, semana que vem, as instâncias regionais vão se posicionar sobre formalização de apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff. O ex-líder do partido na Câmara Guilherme Campos (SP) diz que a nomeação de ministros do PSD para sua equipe não significa um alinhamento automático. Mas reconhece que, no momento, a maioria do PSD quer apoiar a reeleição de Dilma.
— Graças a Deus, temos nomes de gabarito nos nossos quadros para ocupar ministérios: Kassab, Henrique Meireles, Afif, Paulo Simão. Na reunião da Executiva, vamos ouvir mais os estados para tomar uma decisão. Não sei o percentual, mas hoje uma maioria expressiva vai na direção do apoio do PSD à presidente Dilma — disse Guilherme Campos.
Na verdade, o PSD não estava satisfeito com a ideia de ter apenas a Secretaria da Micro e Pequena Empresa em troca de já amarrar o apoio à reeleição de Dilma. Agora, com possibilidade de duas pastas, o PSD pode mudar o discurso.
A presidente Dilma Rousseff não deve mexer, por enquanto, na participação do PDT no governo. Embora grande parte do partido esteja pedindo a substituição do atual ministro do Trabalho, Brizola Neto, que não tem o apoio das bancadas, a presidente não gostou dos nomes sugeridos pelo presidente da legenda, Carlos Lupi, para substituí-lo.
Safady Simão é presidente do PSD de Minas e ganhou pontos com a presidente Dilma como colaborador na elaboração e correção de rumos do programa Minha Casa Minha Vida e, principalmente, porque levou seu partido em Minas a apoiar a candidatura derrotada do petista Patrus Ananias, contra a vontade da maioria dos integrantes mineiros do partido. Ele já está comprometido também com a pré-candidatura do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, ao governo de Minas, em 2014.
Seu nome foi cogitado pela presidente Dilma para ser o novo titular da cobiçada Secretaria de Aviação Civil (SAC), mas esse posto é desejado por Michel Temer para acomodar o também peemedebista Moreira Franco (RJ), atual titular da esvaziada Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE).
O atual ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, do PMDB gaúcho, decidirá ainda se reassume seu mandato na Câmara ou ocupa outra função no governo, que poderia ser a Secretaria de Assuntos Estratégicos. O PMDB ainda não desistiu de remanejar Moreira Franco para a Secretaria de Aviação Civil. Uma possibilidade cogitada inicialmente, para que ocupasse um ministério de maior visibilidade — e com a chamada “capilaridade política” —, era transferir Moreira para o Ministério do Turismo, mas houve resistência do grupo de Sarney à substituição de Gastão Vieira (PMDB-MA).
Além da provável indicação de Safady Simão, o PSD de Kassab — partido novo, mas que tem mais de 50 deputados espalhados por todas as regiões do país — deve ganhar também com a indicação do vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos (PSD), para a nova Secretaria de Micro e Pequena Empresa, criada com status de ministério.
Outro partido que a presidente Dilma precisa agregar ao palanque de 2014 é o PR, que se afastou da base governista depois que o senador Alfredo Nascimento (PR-AM) perdeu o posto de ministro dos Transportes sob denúncias de corrupção. Mas não está fácil o entendimento com a legenda, que tem suas divisões internas.
A maior parte do PR vetou, por exemplo, a nomeação do senador Blairo Maggi (MT) para ministro, desejada pela presidente Dilma. Depois que foi instalado esse impasse, a presidente passou a considerar a possibilidade de ter um nome político do partido no comando do Ministério dos Transportes, mas com um técnico de sua confiança na Secretaria Executiva do ministério. Nesse caso, o nome mais cotado é o do deputado Luciano Castro (PR-RR), ex-líder do PR na Câmara.
Compromisso de não ser candidato
Se o PR concordar com essa solução, o atual ministro Paulo Sérgio Passos, filiado ao partido de Alfredo Nascimento, mas técnico de confiança de Dilma, passaria a comandar a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
— Já houve duas reuniões com a presidente Dilma para tratar do assunto, e estamos esperando, até sexta-feira (amanhã), que aconteça alguma coisa — disse ontem um dirigente do PR.
Na conversa com Temer, a presidente quis ter a garantia de que nenhum dos novos indicados disputará a eleição ano que vem, ou seja, todos ficarão, salvo algum problema, até o final do atual mandato dela.
No PSD, apesar das negociações em curso para atrair o partido, seus dirigentes continuam com o discurso de que só na reunião da Executiva Nacional, semana que vem, as instâncias regionais vão se posicionar sobre formalização de apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff. O ex-líder do partido na Câmara Guilherme Campos (SP) diz que a nomeação de ministros do PSD para sua equipe não significa um alinhamento automático. Mas reconhece que, no momento, a maioria do PSD quer apoiar a reeleição de Dilma.
— Graças a Deus, temos nomes de gabarito nos nossos quadros para ocupar ministérios: Kassab, Henrique Meireles, Afif, Paulo Simão. Na reunião da Executiva, vamos ouvir mais os estados para tomar uma decisão. Não sei o percentual, mas hoje uma maioria expressiva vai na direção do apoio do PSD à presidente Dilma — disse Guilherme Campos.
Na verdade, o PSD não estava satisfeito com a ideia de ter apenas a Secretaria da Micro e Pequena Empresa em troca de já amarrar o apoio à reeleição de Dilma. Agora, com possibilidade de duas pastas, o PSD pode mudar o discurso.
A presidente Dilma Rousseff não deve mexer, por enquanto, na participação do PDT no governo. Embora grande parte do partido esteja pedindo a substituição do atual ministro do Trabalho, Brizola Neto, que não tem o apoio das bancadas, a presidente não gostou dos nomes sugeridos pelo presidente da legenda, Carlos Lupi, para substituí-lo.
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