Manifestação em Madri teve recorde de público, expondo crise do sistema monárquico
O GLOBO
Manifestantes fazem protesto contra monarquia na EspanhaAndres Kudacki / AP
Manifestantes fazem protesto contra monarquia na EspanhaAndres Kudacki / AP
MADRI — O tamanho da crise pela qual passa a monarquia espanhola pôde ser medido neste domingo, no 82º aniversário da Segunda República, que registrou um recorde de manifestantes este ano. Dezenas de milhares de pessoas marcharam em Madri para exigir a proclamação da Terceira República, pedindo o fim da monarquia e a eleição democrática de um chefe de Estado.
O “caso Nóos”, escândalo que abalou fortemente a realeza no início deste ano, também foi lembrado pelos manifestantes. O Instituto Nóos foi uma fundação presidida por Iñaki Urdangarin, genro do rei Juan Carlos I, e teria sido usada para desvios de dinheiro de quase € 6 milhões oriundos dos cofres públicos.
Indiciado por corrupção, desfalque de dinheiro público, falsificação de documentos e prevaricação, Urdangarin deu um depoimento à Justiça, em fevereiro, no qual afirmou que todas as suas ações tinham o consentimento da Casa Real e citou, especificamente, a participação de sua mulher, a princesa Cristina, filha mais nova do rei Juan Carlos I. A infanta foi indiciada há 12 dias. Ontem, nas ruas, muitos jovens gritavam ironicamente: “Urdangarin, Urdangarin, vá trabalhar no Burger King”.
Há duas semanas, a reputação do rei sofreu mais um baque quando o jornal “El mundo” revelou uma herança de € 2,25 milhões, até então desconhecida, que o monarca recebera de seu pai há 20 anos e que havia sido depositada em contas na Suíça.
Um dos coordenadores do protesto de ontem, Cayo Lara defendeu os ideais republicanos com o argumento de que eles produziriam "um país mais democrático, porque o poder estaria com os cidadãos”. O último governo republicano da Espanha foi derrubado por um golpe militar que levou ao poder o general Francisco Franco. Ele comandou o país por 36 anos e indicou o então príncipe Juan Carlos como seu sucessor.
O “caso Nóos”, escândalo que abalou fortemente a realeza no início deste ano, também foi lembrado pelos manifestantes. O Instituto Nóos foi uma fundação presidida por Iñaki Urdangarin, genro do rei Juan Carlos I, e teria sido usada para desvios de dinheiro de quase € 6 milhões oriundos dos cofres públicos.
Indiciado por corrupção, desfalque de dinheiro público, falsificação de documentos e prevaricação, Urdangarin deu um depoimento à Justiça, em fevereiro, no qual afirmou que todas as suas ações tinham o consentimento da Casa Real e citou, especificamente, a participação de sua mulher, a princesa Cristina, filha mais nova do rei Juan Carlos I. A infanta foi indiciada há 12 dias. Ontem, nas ruas, muitos jovens gritavam ironicamente: “Urdangarin, Urdangarin, vá trabalhar no Burger King”.
Há duas semanas, a reputação do rei sofreu mais um baque quando o jornal “El mundo” revelou uma herança de € 2,25 milhões, até então desconhecida, que o monarca recebera de seu pai há 20 anos e que havia sido depositada em contas na Suíça.
Um dos coordenadores do protesto de ontem, Cayo Lara defendeu os ideais republicanos com o argumento de que eles produziriam "um país mais democrático, porque o poder estaria com os cidadãos”. O último governo republicano da Espanha foi derrubado por um golpe militar que levou ao poder o general Francisco Franco. Ele comandou o país por 36 anos e indicou o então príncipe Juan Carlos como seu sucessor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário