sexta-feira, 15 de março de 2013

O motorista de ônibus que pilota a Venezuela garante: foi Chávez quem teve a ideia de nomear um Papa argentino
Augusto Nunes - VEJA
O motorista de ônibus que Hugo Chávez escolheu para pilotar a Venezuela só tem juízo no sobrenome, avisa o palavrório de Nicolás Maduro sobre o novo chefe da Igreja Católica. “Nós sabemos que nosso comandante ascendeu até as alturas, está frente a frente com Cristo”, decolou nesta quarta-feira o filhote de bufão bolivariano. “Cristo lhe disse: chegou a hora da América do Sul.” Está explicado por que um cardeal argentino virou Papa Francisco.
Até hoje, sem concorrentes visíveis, Lula fez e desfez no papel de Conselheiro do Pai. De agora em diante, terá de duelar com o Tutor do Filho ─ e não é pouca coisa o que anda planejando a reencarnação degenerada de Simón Bolívar. Por enquanto, estirado numa urna de cristal exposta à visitação pública em Caracas, o stalin cucaracha consome a maior parte do expediente nas atividades de babá de Maduro. Terminada a campanha, vai concentrar-se em tempo integral na primeira missão no Além.
Primeira e extraordinariamente grandiosa: “Chávez convocará uma Constituinte no céu para mudar a Igreja no mundo e para que seja o povo, o puro povo de Cristo, que governe o mundo”, resumiu Maduro com cara de coroinha que não divide com ninguém o vinho que rouba do padre antes e depois da missa. Encerradas as considerações sobre questões divinas, Maduro retomou a discurseira que promete o fogo do inferno a quem votar no candidato da oposição.
Nos tempos de Cristo, o caixão transparente de Chávez, o palanque de Maduro e outros viveiros de blasfemos de quinta categoria não escapariam de um raio de dimensões bíblicas. Como tal fenômeno anda em recesso há alguns séculos, o caso venezuelano pode ser resolvido com métodos bem mais singelos e igualmente eficazes. Um Nicolás Maduro, por exemplo, precisa apenas de uma camisa-de-força na justa medida e uma longa temporada no hospício.
Se insistir em bancar o vendilhão do templo, o vigarista na orfandade merecerá o remédio infalível: 171 chibatadas.

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