Reinaldo Azevedo - VEJA
Os mensaleiros e seus advogados estão dispostos a levar o caos ao Supremo para tentar impedir que o julgamento do mensalão tenha consequências. José Dirceu não concede uma entrevista tentando desmoralizar Luiz Fux por acaso. Seus advogados já haviam entrado com recurso para tentar adiar a publicação do acórdão, alegando que não tiveram acesso aos votos dos ministros — embora estes tenham lido a parte essencial durante o julgamento, com transmissão para todo o Brasil. Joaquim Barbosa, relator do processo e presidente do tribunal, recusou o pedido.
Muito bem! O que fez, então, Márcio Thomaz Bastos, ex-ministro da Justiça e advogado do réu José Roberto Salgado? Entrou com uma reclamação contra Joaquim Barbosa e a endereçou ao vice-presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski. Este, de pronto, distribui a dita-cuja e a enviou ao gabinete da ministra Rosa Weber, que a devolveu à vice-presidência. O documento foi parar na mesa de Celso de Mello, que a mandou de volta a Lewandowski. O vice-presidente, que foi o revisor do mensalão, determinou, então, que se faça o sorteio.
A investida de Bastos contra Joaquim Barbosa é pesada. Ele pede na reclamação:
1) uma liminar que suspenda imediatamente a divulgação do acórdão;
2) que o plenário se pronuncie sobre pedidos que resultariam na ampliação do prazo para a defesa apresentar seus recursos;
3) que Barbosa explique por que não submeteu os pedidos ao plenário.
1) uma liminar que suspenda imediatamente a divulgação do acórdão;
2) que o plenário se pronuncie sobre pedidos que resultariam na ampliação do prazo para a defesa apresentar seus recursos;
3) que Barbosa explique por que não submeteu os pedidos ao plenário.
Se a tentativa de levar o baguncismo ao Supremo dará certo ou não, isso eu não sei. Mas o esforço é grande.
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