segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Reino Unido vai cobrar tratamentos médicos de imigrantes e turistas
Medida faz parte de um plano global para reduzir o ‘turismo de saúde’ e diminuir a carga tributária dos britânicos
O Globo

O primeiro-ministro David Cameron perto de uma casa desocupada pelo Ministério de Imigração
Foto: POOL / REUTERS 
O primeiro-ministro David Cameron perto de uma casa desocupada pelo Ministério de Imigração POOL / REUTERS
LONDRES - O governo britânico anunciou nesta segunda-feira planos para exigir de imigrantes e turistas internacionais o pagamento de tratamentos médicos de emergência. Pacientes admitidos nos hospitais em caso de emergência terão de provar que são cidadãos britânicos para ter acesso gratuito ao sistema de saúde do país - NHS.
A medida também prevê que cidadãos de fora do Reino Unido paguem por pequenas cirurgias em consultórios médicos. As mudanças, juntamente com o aumento de outras taxas, fazem parte de um plano global para reduzir o “turismo de saúde” e diminuir a carga tributária.
Frederick Curzon, do departamento de Saúde, afirmou que as mudanças são necessárias para “garantir que o sistema seja justo para os contribuintes que o financiam”.
Como parte das propostas para recuperar até 500 milhões de libras de visitantes de fora da União Europeia que usam o NHS, os hospitais serão obrigados a identificar os pacientes que não são elegíveis para o atendimento gratuito - e fazer os estrangeiros pagarem tratamentos que recebem em atendimentos de emergência.
Autoridades garantiram que ninguém terá atendimento médico negado, mas que o pagamento será esperado. A medida pode ser profundamente impopular, especialmente com familiares de pacientes debilitados ou idosos. Os detalhes de como o sistema vai operar deverão ser anunciados em março.
Com o objetivo de “ tornar o Reino Unido um lugar menos atraente a imigrantes da União Europeia”, o governo decidiu ainda acelerar seus planos para limitar a imigração de cidadãos de outros países do bloco. Imigrantes não terão mais acesso automático a subsídios do Estado a partir de 1º de janeiro do ano que vem, justamente a data que o grupo acaba com restrições a romenos e búlgaros no mercado de trabalho em qualquer um dos estados membros.

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