Rodrigo Constantino - VEJA
Já comentei o artigo do comediante Gregorio Duvivier aqui, mas tive acesso, agora, à sua explicação mais detalhada em sua página no Facebook. Diz ele:
A coluna de hoje tem suscitado a revolta dos que não entenderam, a revolta dos que entenderam e se sentiram ofendidos, e muitas perguntas sobre minha real opinião sobre o assunto. Aí vai: acho nobre o surgimento de um partido sem “caciques políticos”, isto é, que surja unicamente da vontade popular, como é o caso do Partido Novo. No entanto, não concordo com os ideais utilizados, nem com os padrinhos adotados. Não concordo com o Constantino, com o Von Mises, não concordo com o conceito de Estado Mínimo – e acho que nesse aspecto o partido novo é velho. Sou a favor de um estado presente, não só na saúde e na educação, mas na cultura e no mercado. Isso não significa que eu seja marxista, stalinista, petista ou lulista. Significa simplesmente que ainda acredito na necessidade do Estado fomentar, proteger, intervir. Sonho com mais projetos culturais incentivados pelo governo, mais escolas, mais teatros e hospitais públicos, e de melhor qualidade, mesmo que isso signifique mais impostos. Talvez o velho seja eu, já que o liberalismo e o libertarianismo estão “super em voga”. A vantagem é que eles pregam a liberdade de expressão e nisso a gente concorda. Então, pelo menos, discordem educadamente, senão fica contraditório.
Seria bom o comediante explicar melhor o que ele não concorda comigo, ou com Ludwig von Mises, ou com o conceito de estado mínimo. Da forma que foi colocado, parece que Duvivier aderiu de vez ao estilo das esquerdas, de monopolizar os fins nobres, sem debater seriamente a realidade como ela é.
Mais recursos para saúde e educação? Alguém realmente acha que nosso problema é falta de recursos nessas áreas? Mais impostos? O governo arrecada quase 40% de toda a produção nacional, e entrega em troca o SUS e as greves escolares, entre uma doutrinação ideológica e outra. Mais verba resolve isso?
Estado fomentando a cultura? Duvivier tem noção do que tem sido fomentado até agora? Caxirolas e funk com os suados impostos da classe média, é isso que o comediante deseja fomentar? Qual a graça disso, para o povo trabalhador? Bancar renúncia fiscal para filmes sobre o ex-presidente Lula? É isso que o comediante aplaude?
Quando o estado e a classe artística vivem em simbiose, o primeiro derrotado é o consumidor, pois não há mais liberdade de expressão. Em busca das verbas estatais, que artista vai descer a lenha no governo? Não custa lembrar que o Porta dos Fundos mesmo, só cresceu graças ao mercado livre, aos consumidores voluntariamente clicando em seus vídeos na internet. Vídeos como esse:
Será que vídeos assim existiriam se o estado tivesse ainda mais controle sobre os investimentos artísticos? Se o Porta dos Fundos dependesse de verbas públicas, teria a liberdade de produzir uma crítica dessas? Duvivier parece não ter se dado conta de que certamente NÃO teria o mesmo grau de liberdade no modelo que defende.
Sim, talvez o velho seja mesmo ele, Gregorio Duvivier, uma vez que defende o modelo que sempre existiu no Brasil, com estado inchado, arrecadando muitos impostos em nome do interesse nacional, dirigindo a economia e as artes (Embrafilme?).
Acusar o liberalismo clássico de velho é absurdo. Quando foi que o Brasil teve liberalismo? Quando foi que chegamos perto de um estado mínimo? Jamais! O Brasil peca pelo excesso de estado, de intervencionismo, de paternalismo, de patrimonialismo. Mas Duvivier parece achar pouco!
E, para fazer graça, ainda cita Eike Batista como ícone do livre mercado, um empresário que mamou R$ 10 bilhões do BNDES! Que tal citar tantos outros empresários bem-sucedidos sem vínculos umbilicais com o estado? Creio que nesse caso a piada não seria tão divertida, não é mesmo?
Por fim, concordo com o comediante: é preciso discordar com educação. No liberalismo, mesmo os néscios engraçadinhos têm a liberdade de expor suas estultices, ou fingir que são uma espécie de Monty Phyton. A piada só perde a graça quando somos forçados, por meio de nossos impostos, a pagar por ela. Pela porta dos fundos não!
Já comentei o artigo do comediante Gregorio Duvivier aqui, mas tive acesso, agora, à sua explicação mais detalhada em sua página no Facebook. Diz ele:
A coluna de hoje tem suscitado a revolta dos que não entenderam, a revolta dos que entenderam e se sentiram ofendidos, e muitas perguntas sobre minha real opinião sobre o assunto. Aí vai: acho nobre o surgimento de um partido sem “caciques políticos”, isto é, que surja unicamente da vontade popular, como é o caso do Partido Novo. No entanto, não concordo com os ideais utilizados, nem com os padrinhos adotados. Não concordo com o Constantino, com o Von Mises, não concordo com o conceito de Estado Mínimo – e acho que nesse aspecto o partido novo é velho. Sou a favor de um estado presente, não só na saúde e na educação, mas na cultura e no mercado. Isso não significa que eu seja marxista, stalinista, petista ou lulista. Significa simplesmente que ainda acredito na necessidade do Estado fomentar, proteger, intervir. Sonho com mais projetos culturais incentivados pelo governo, mais escolas, mais teatros e hospitais públicos, e de melhor qualidade, mesmo que isso signifique mais impostos. Talvez o velho seja eu, já que o liberalismo e o libertarianismo estão “super em voga”. A vantagem é que eles pregam a liberdade de expressão e nisso a gente concorda. Então, pelo menos, discordem educadamente, senão fica contraditório.
Seria bom o comediante explicar melhor o que ele não concorda comigo, ou com Ludwig von Mises, ou com o conceito de estado mínimo. Da forma que foi colocado, parece que Duvivier aderiu de vez ao estilo das esquerdas, de monopolizar os fins nobres, sem debater seriamente a realidade como ela é.
Mais recursos para saúde e educação? Alguém realmente acha que nosso problema é falta de recursos nessas áreas? Mais impostos? O governo arrecada quase 40% de toda a produção nacional, e entrega em troca o SUS e as greves escolares, entre uma doutrinação ideológica e outra. Mais verba resolve isso?
Estado fomentando a cultura? Duvivier tem noção do que tem sido fomentado até agora? Caxirolas e funk com os suados impostos da classe média, é isso que o comediante deseja fomentar? Qual a graça disso, para o povo trabalhador? Bancar renúncia fiscal para filmes sobre o ex-presidente Lula? É isso que o comediante aplaude?
Quando o estado e a classe artística vivem em simbiose, o primeiro derrotado é o consumidor, pois não há mais liberdade de expressão. Em busca das verbas estatais, que artista vai descer a lenha no governo? Não custa lembrar que o Porta dos Fundos mesmo, só cresceu graças ao mercado livre, aos consumidores voluntariamente clicando em seus vídeos na internet. Vídeos como esse:
Será que vídeos assim existiriam se o estado tivesse ainda mais controle sobre os investimentos artísticos? Se o Porta dos Fundos dependesse de verbas públicas, teria a liberdade de produzir uma crítica dessas? Duvivier parece não ter se dado conta de que certamente NÃO teria o mesmo grau de liberdade no modelo que defende.
Sim, talvez o velho seja mesmo ele, Gregorio Duvivier, uma vez que defende o modelo que sempre existiu no Brasil, com estado inchado, arrecadando muitos impostos em nome do interesse nacional, dirigindo a economia e as artes (Embrafilme?).
Acusar o liberalismo clássico de velho é absurdo. Quando foi que o Brasil teve liberalismo? Quando foi que chegamos perto de um estado mínimo? Jamais! O Brasil peca pelo excesso de estado, de intervencionismo, de paternalismo, de patrimonialismo. Mas Duvivier parece achar pouco!
E, para fazer graça, ainda cita Eike Batista como ícone do livre mercado, um empresário que mamou R$ 10 bilhões do BNDES! Que tal citar tantos outros empresários bem-sucedidos sem vínculos umbilicais com o estado? Creio que nesse caso a piada não seria tão divertida, não é mesmo?
Por fim, concordo com o comediante: é preciso discordar com educação. No liberalismo, mesmo os néscios engraçadinhos têm a liberdade de expor suas estultices, ou fingir que são uma espécie de Monty Phyton. A piada só perde a graça quando somos forçados, por meio de nossos impostos, a pagar por ela. Pela porta dos fundos não!
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