Reinaldo Azevedo - VEJA
Na VEJA.com:
As ações da Petrobras abriram em queda de mais de 7% na manhã desta segunda-feira, após o anúncio do reajuste do preço da gasolina e do diesel anunciado na noite de sexta-feira. A ação ordinária da estatal, com direito a voto, chegou a cair 9,06% às 10h45 (horário de Brasília), a 16,66 reais, mas teve leve recuperação ao longo da manhã. Às 13h, essa mesma classe de ação recuava 8,35%, a 16,79 reais. Já o papel preferencial, sem direito a voto, recuava 6,85%, cotado a 17,81 reais. O Ibovespa operava em queda de 1,30%, a 51.798 pontos. A forte desvalorização representa uma perda de valor de mercado de cerca de 20 bilhões de reais pouco mais de uma hora.
As ações da Petrobras abriram em queda de mais de 7% na manhã desta segunda-feira, após o anúncio do reajuste do preço da gasolina e do diesel anunciado na noite de sexta-feira. A ação ordinária da estatal, com direito a voto, chegou a cair 9,06% às 10h45 (horário de Brasília), a 16,66 reais, mas teve leve recuperação ao longo da manhã. Às 13h, essa mesma classe de ação recuava 8,35%, a 16,79 reais. Já o papel preferencial, sem direito a voto, recuava 6,85%, cotado a 17,81 reais. O Ibovespa operava em queda de 1,30%, a 51.798 pontos. A forte desvalorização representa uma perda de valor de mercado de cerca de 20 bilhões de reais pouco mais de uma hora.
A queda
ocorre porque o mercado aguardava reajustes de 6% a 10% para o preço da
gasolina, além da divulgação da tão aguardada nova fórmula de reajuste
automático, que tem como objetivo dar alguma previsibilidade aos gastos
da estatal com a oscilação do preço do petróleo. Como o reajuste foi de
apenas 4% para a gasolina e 8% para o diesel, e nenhuma fórmula foi
divulgada pelo Conselho de Administração da companhia, a reação do
mercado à decisão da última sexta deve pautar o movimento da BM&F
Bovespa nesta segunda.
O
desempenho das ações evidencia a decepção do mercado sobretudo com a
decisão do Conselho da estatal, mais precisamente da própria presidente
Dilma Rousseff, de não autorizar a divulgação de detalhes sobre a nova
metodologia de reajustes de combustíveis. Segundo analistas, a falta de
clareza sobre os critérios mantém incertezas para o mercado, num momento
em que a empresa absorve forte defasagem dos preços domésticos na
comparação com os internacionais.
Na noite
de sexta-feira, a estatal anunciou o reajuste de preços nas refinarias
de 4% na gasolina e de 8% para o diesel, já como consequência de uma
nova política de preços. O impacto dessa alta nas bombas não deve passar
de 2% para a gasolina e 4% para o diesel. No entanto, a empresa disse
que “por razões comerciais, os parâmetros da metodologia de precificação
serão estritamente internos à companhia”. A declaração priva o mercado
de informações essenciais sobre o que esperar da companhia para os
próximos trimestres.
Transparência
Para analistas do Itaú BBA, a falta de transparência preocupa. “Ninguém sabe exatamente quais são os indicadores ou quais são os gatilhos ou períodos para as revisões, deixando espaço para potenciais manobras nos preços”. “Nós nos questionamos o que realmente mudou”, disseram os analistas Paula Kovarsky e Diego Mendes, em nota a clientes no fim de semana. O Credit Suisse rebaixou, no domingo, a recomendação para as ações da empresa para “underperform” (abaixo da média do mercado). O preço alvo das ADRs (ações da estatal negociadas em Nova York) está estimado pelo banco em 14 dólares.
Para analistas do Itaú BBA, a falta de transparência preocupa. “Ninguém sabe exatamente quais são os indicadores ou quais são os gatilhos ou períodos para as revisões, deixando espaço para potenciais manobras nos preços”. “Nós nos questionamos o que realmente mudou”, disseram os analistas Paula Kovarsky e Diego Mendes, em nota a clientes no fim de semana. O Credit Suisse rebaixou, no domingo, a recomendação para as ações da empresa para “underperform” (abaixo da média do mercado). O preço alvo das ADRs (ações da estatal negociadas em Nova York) está estimado pelo banco em 14 dólares.
“Aumentos
tímidos nos preços e uma metodologia de precificação opaca deterioram a
percepção sobre a governança corporativa, enfraquecem a posição de uma
equipe de gestão forte e técnica, têm um significativo impacto nos
lucros e na avaliação e deixam o balanço financeiro extremamente frágil
em meio a um 2014 cheio de incertezas”, disseram os analistas Vinicius
Canheu e Andre Sobreira, do Credit Suisse, em relatório a clientes.
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