domingo, 24 de novembro de 2013

Há dois regulamentos na Papuda. Um vale para os ladrões ilustres do dinheiro público. O outro é para o resto 
DARCI MOREIRA-GYN 
É um escárnio a forma como os mensaleiros começaram a cumprir suas penas em Brasília. Esta primeira semana de encarceramento de José Dirceu, José Genoino e o resto da escória foi reveladora sobre como, realmente, funciona o Brasil sob o comando do PT e suas legendas alugadas.
Em nenhum lugar dominado pelo império da lei um preso entra na cadeia e começa a receber visitas no mesmo dia. É um absurdo perceber que na mesma Papuda existem duas normas de funcionamento: uma para quem já estava lá até no último dia 15, cujos familiares passam a noite ao relento à espera de uma senha para a visita quinzenal, e outra inaugurada após a entrada dos ladrões ilustres do dinheiro público.
Para estes, a regra é especial. Permite, por exemplo, que os engravatados do PT tenham acesso livre ao presídio na hora que desejarem, com a arrogância de quem se sente no centro do universo. Os petistas, tendo a frente o senador Eduardo Suplicy, um boçal que se faz de sonso, transformaram o presídio de Brasília num parque de diversões onde chegam alegres, falando alto e carregados de presentes para os seu ilustres “companheiros”.
Pergunto: em que lugar do mundo, a não ser nesta republiqueta em que o PT transformou o Brasil, um estabelecimento prisional admite a entrada numa cela, e de uma vez só, de 15, 20 visitantes ? É um desrespeito à Justiça brasileira. É uma afronta que contraria as normas mais elementares de segurança em qualquer sistema penitenciário.
Nos EUA quando alguém é condenado e preso, a família do apenado e a sociedade percebem que ele foi PRESO. Ou seja: temporariamente (a não ser em caso de condenação à prisão perpétua ou à pena de morte) está afastado do convívio social. Sem essa de mamãe levar o bolinho predileto no domingo para que o rebento mate a saudade de casa.
Visita íntima? Só para os, formalmente, casados, a cada 06 meses. De resto, nada de abraços e chororô. Contatos, inclusive com advogados, somente pelo vidro. A conversa se dá por interfone e é gravada por  câmeras de segurança. Assim é a prisão nas democracias onde vale para todos o império da lei.
Quem é preso por corrupção nos Estados Unidos recebe penas exemplarmente duras mais duras ─ e nada de regalias. É cana dura, sem piedade, mesmo para os figurões da política e do mundo dos negócios (vide Bernard Madoff). Alguns morrem na prisão. Uma condenação por corrupção no primeiro mundo serve de lição para toda a sociedade. O sujeito pensa 10 vezes antes de dar uma de Genoino ou de José Dirceu.
A forma como os pilantras brasileiros começam a cumprir suas penas, como se estivessem na Disney, induz à conclusão de que por aqui o crime compensa. O sonho de muita petista, hoje, é ver o seu filho seguindo a carreira criminosa do pai e se dando bem como “o meu Ronaldinho”.

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