Petroleiros vão à Justiça contra leilão de gás, marcado para hoje
Argumento é que ainda não existem regras para a exploração
DENISE LUNA - FSP
Petroleiros entraram ontem na Justiça Federal do Rio com ação popular
contra o leilão que a ANP realiza hoje. Pela primeira vez, serão
oferecidas apenas áreas terrestres, com potencial para descoberta de gás
convencional e não convencional --que fica preso nas rochas, como, por
exemplo, o gás de xisto.
Na ação, a FUP argumenta que o leilão acontece antes que as regras para a exploração do gás não convencional sejam conhecidas.
O ex-presidente da ANP David Zylbersztajn diz que é "muito estranho"
fazer um leilão antes das regras. "Ninguém vai jogar futebol sem saber
como o juiz vai apitar."
"Qual órgão vai regular? O Ibama? Os órgãos estaduais? Quais são as contingências ambientais? Quem vai fazer os gasodutos?"
A questão é agravada porque o processo de extração do gás é questionado do ponto de vista ambiental.
As regras devem sair no início do ano que vem, segundo a diretora-geral
da agência, Magda Chambriard. Ela argumenta que a produção também levará
algum tempo para começar.
Para o presidente da consultoria Gas Energy, Marco Tavares, depois de
dois leilões, e num momento desfavorável para a economia, a venda deve
chegar a no máximo 30% dos blocos.
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